segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Rock that wok, baby!




E eis que cheguei aos 35 anos, fregueses! Cum camandro, ó catano, ó caneco! Não me interpretem mal, eu adoro fazer anos. Eu ligo às pessoas para me darem os parabéns. True story! Eu compreendo que as pessoas se esqueçam do meu aniversário, e não me importo nada de as relembrar, fazê-las sentir mal por isso, o que tem como consequência o dobro do mimo e atenção. Sou ou não sou duma esperteza dos diabos? E duma maturidade...

Desde que completei os trinta, em cada aniversário tenho um ataque de "tou a ficar velha mood"... Nada que não me passe com um festão do caraças: minis, o meu marido, minis, os meus piquenos, minis, os meu amigos, minis, comida da boa, minis, muita tolice, minis, muita gargalhada, minis, parabéns para a menina... Já vos tinha falado das minis? 

E foi assim este ano, e ainda melhor graças às várias mensagens dos meus fregueses. Foi uma bela escalfeta para o meu coração leguminoso, obrigada! Dito isto, depois de todo este chavascal gastronómico-etílico, nada melhor que uma wok cheia de vegetais para apaziguar corpo e mente. E faz-se assim:

Esta Wok vai deixar-te com os olhos em bico!

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-Fusco

Despensa:

2 colheres de sopa de óleo de amendoim
2 alhos ralados
1 pedaço pequeno de gengibre ralado, do tamanho de um polegar mais coisa menos coisa
1 cebola pequena, às meias luas fininhas
1/2 pimento, às tiras
1 cenoura grande, cortada em juliana
100 g de cogumelos de Paris frescos laminados
1 lata de rebentos de bambu
Molho de soja
2 ovos grandes
Sal q.b.

A parte divertida:

Leva uma wok ao lume, com o óleo de amendoim. Assim que aquecer, junta o gengibre e o alho, e salteia um minutinho mexendo sempre. Agora junta a cebola e o pimento e faz o mesmo.

Está quase: junta a cenoura, os cogumelos e o bambu. Rega com molho de soja, cerca de 3 colheres de sopa, mexe tudo muito bem, tape e deixa cozinhar 5 minutos em lume brando.

Bate os ovos e tempera com uma pitada de sal. Destapa a wok, empurra os legumes para um canto, e frita os ovos do outro lado. Mistura tudo, corrige os temperos, et voilá!

Post Scriptum: Rebentos de soja, brócolos, courgette, beringela, cogumelos pleurotos... Dêem asas à vossa imaginação, fregueses! Ainda não paga imposto. Esperem lá... Não paga, pois não?




sábado, 1 de novembro de 2014

Porque eu era menina para viver só disto...




Enquanto escrevo estas linhas, estou a ver no ScyFy um filme chamado "Jacarés Mutantes". Não há palavras para descrever tamanha pérola cinematográfica. Vai direitinho para a minha lista "Tão mau que chega a ser bom". Apesar de tudo, o topo da tabela continua preenchido pelo épico "Sharknado". Quem nunca viu, ainda não sabe o que é viver. Um filme-catástrofe (ou um filme que é uma catástrofe) sobre um tornado de tubarões. Sim, leram bem. 

A premissa deste "Jacarés Mutantes" é brilhante: jacarés do tamanho de um T2 na Brandoa, com super poderes, graças a um red neck que anda a despejar aguardente marada no rio onde eles moram. Os efeitos especiais são tão credíveis como o "Cogumelo do Tempo" do Roberto Leal. As personagens têm a espessura de uma fatia de fiambre, alicerçadas num conjunto de actores com desempenhos de tal calibre, que os mais convincentes do elenco são os jacarés. Ou seja, não imagino melhor maneira de passar um sábado à tarde. Sim, eu mando um ganda pancadão.

E do mesmo país que deu ao Mundo os "Jacarés Mutantes", vêm as americaníssimas Onion Rings. Uma maravilhosa sugestão para um fim-de-semana de mapling, isto é aquilo a que se chama na gíria, um petisco do catano ó camandro. Como acompanhamento, entrada, ou apenas um petisco para acompanhar uma mini. A sério que eu era menina para viver só disto. E faz-se assim:

My precious... Onion Rings!

Tempo de Preparação: Tipo Lusco Fusco

Despensa:

2 cebolas pequenas
Leite
1 pitada de cominhos
Sal e pimenta preta q.b.
Farinha
Pão ralado
Óleo

A parte divertida:

Corta as cebolas em rodelas finas, e põe-as de molho em água fria uns minutos. Prepara a linha de montagem: um prato de leite temperado com sal, pimenta e cominhos; um prato com farinha; um prato com pão ralado. Leva o óleo ao lume, numa fritadeira de preferência. 

Quando o óleo estiver quente, é fazer o seguinte processo: pegas no aro de cebola, passas no leite, passas na farinha, passas no leite, passas na farinha, passas no pão ralado, e fritadeira com ele. Não frites muitos ao mesmo tempo, sacode-os, frita-os até estarem lourinhos e escorre-os em papel absorvente. Et voilá!

Post Scriptum: Podes temperar o leite com outras especiarias, ou mesmo com ervas aromáticas, por exemplo: caril, açafrão, coentros secos, oregãos, and so on, and so on... Bom, mas bom, mas bom! Esta fórmula mágica foi-me transmitida pela minha amiga Madame Vienetta, cujos lindos olhos aparecem a cobiçar as Onion Rings da fotografia. Agradecimentos eternos!


terça-feira, 21 de outubro de 2014

O Polvo tá todo Turbinado!




A vida, às vezes, é uma senhora merda. Aliás, não tem nada de senhora, por vezes. Às vezes, a vida é uma rameira de merda. Peço desculpa pelo palavreado, mas é a linguagem que se impõe. Isto hoje é a sério. Mas não digo que não estou para brincadeiras, porque se não fossem elas, era muito mais difícil ultrapassar os shitty moments desta vida.

A morte passou-me à porta, de forma inusitada, imbecil, estúpida... Merdosa, lá está. E levou o pai de alguém muito querido. A minha ausência no estaminé deve-se a isso. Fui possuída por um estado de letargia, assoberbada por esta nuvem de tristeza, e custou um bocadinho voltar aos dias solarengos. Mas hoje está sol. E lembrei-me que no dia da partida deste pai/avô/marido estava sol. Ele assobiava e sorria. De maneiras, que resolvi fazer o mesmo, hoje. Porque merdas à parte, a vida, às vezes, é uma senhora beleza.

Posto isto, um prato alegre, solarengo e gostoso. É pegar na salada de polvo e elevá-la ao nível seguinte. Está mais próxima do prato principal que da entrada, mas seja como for, é preciso é alambazarem-se com ela, qualquer que seja a ordem. E faz-se assim:

Saladonga de Polvo Quitada

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-Fusco

Despensa:

1 polvo médio 
4 ovos cozidos, picados (guarda uns gomos para decorar)
4 tomates grandes, aos cubos 
1 frasco de pickles pequeno, picados
2 cebolas picadas
2 colheres de sopa de salsa picada

Molho:

8 colheres de sopa de azeite
3 colheres de sopa de vinagre de cidra, 
2 colheres de sopa de salsa picada
1/2 alho ralado
Sal e pimenta preta moída q.b.

Salsa picada para polvilhar no fim


A parte divertida:

Coze um polvo só com água, e deixa-o cozinhar durante 1 hora, a partir do momento em que a água ferver. Escorre o polvo, e corta-o em pedaços pequenos. Deita-o numa taça, e junta os ovos, os tomates, os pickles, as cebolas e a salsa. Mistura tudo, e guarda no frio.

Vamos ao molho, uma operação de extrema dificuldade: deita os ingredientes todos num frasco, tapa e chocalha bem. Rega a salada com o molho, mexe, deita na travessa onde vais servir, polvilha com a salsa, decora com o ovo que guardaste, et voilá!

Post Scriptum: A título de bónus, tomem lá a versão simplificada e tradicionalista, e também bem boa, da Salada de Polvo: junta o polvo, a cebola, salsa picada e os pickles. Tempera com azeite, vinagre de vinho branco, sal e pimenta, et voilá! Não esquecer uns belos fanecos de pão saloio e umas jolas fresquinhas. Em qualquer uma das versões, que eu não quero cá fregueses embuchados.




terça-feira, 7 de outubro de 2014

Parabéns a mim, com manteiga de amendoím!



Caríssimos, quem vos fala é uma ervilha em balanço. Completado um ano sobre o lançamento da primeira posta de pescada neste estaminé, eis o que se me oferece dizer: 

- No cômputo geral, acho que a coisa até tem corrido bem. É certo que às vezes navego na maionese, é verdade que por vezes os fregueses devem questionar-se que tipo de opiáceos ando eu a consumir. Descansem, fregueses! É tudo natural, quanto muito amplificado por um ou outro copo de tinto.

- Na senda de alimentar o blog, a vossa curiosidade, e os que me estão próximos, acho que cozinho cada vez mais e melhor. Sim, estou a armar-me ao pingarelho. So what?

- Não, não estou nos top's de visitas, ninguém me paga para eu dizer que os seus produtos são a melhor invenção depois da roda, nem tenho merchandising com o meu sorriso de vagem estampado. Ou seja, sou um grão de areia na blogosfera. Mas faço exactamente o que me dá na bolha. E isso é coisa para me fazer feliz!

- Os meus fregueses são os melhores do Mundo, e não há mais ditos até à morte! Cada palavra que deixam nesta xafarica fica gravada na blogosfera e no coração de Ervilhe Marie. Posso parecer repetitiva, mas não me canso de vos dizer: OBRIGADA! Assim mesmo, à boca cheia.

- É claro que eu acho que a Ervilha Maria ainda tem muito por onde crescer (não, não estou a falar das minhas ancas, essas não precisam de evoluir) e conto convosco para isso. Pode ser?

Dito isto, hora de bolo! Sim, houve festa para comemorar o primeiro aniversário. Sim, soprou-se vela e tudo. Tenho dificuldade em explicar o quão maravilhoso é este bolo, é uma explosão de manteiga de amendoim. A minha querida sobrinha, Miss Moranga (que é a mais gata do mundo), provou e disse "acabei de descobrir o bolo da minha vida". Só. É baseado numa receita da catita revista "Vaqueiro", e faz-se assim:


O Bolo da Vida da Minha Sobrinha

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa:

Creme de Mascarpone:

3 ovos grandes
80 g de açúcar branco
250 g de mascarpone

Creme de Manteiga de Amendoim:

200 g de margarina à temperatura de ambiente
150 g de manteiga de amendoím
100 g de açúcar em pó
2 gemas

Camadas:

600 g de bolacha torrada rectangular
3 bicas

Decoração feita com pasta de açúcar

A parte divertida:

Tudo isto é bem mais simples do que parece, confiem em mim. Comecemos pelo creme de mascarpone: separa as gemas das claras, bate as claras em castelo com 40 g de açúcar, e guarda no frio. Bate as gemas com os restantes 40 g de açúcar, até ficar fofinho. Junta o mascarpone e bate até ficar homogéneo. Envolve as claras, delicadamente, até teres um creme fofinho e homogéneo. Frio com ele.

Agora o creme de manteiga de amendoim: deita a margarina, a manteiga de amendoim e o açúcar na batedeira, e bate até estar cremoso. Sem parar de bater, junta as 2 gemas (uma de cada vez). Quando estiver bem ligado leva ao frio.

Vamos à montagem: forra um tabuleiro com papel vegetal. Deita o café num prato de sopa, mergulha as bolachas, e forra o fundo da forma. Barre com um dos recheios, cobre com mais uma camada de bolacha embebida, e cobre com o outro recheio. Vai alternando até esgotar os recheios, e termina com uma camada de bolacha não-embebida. Leva ao frio, com um peso por cima (eu usei um pirex), leva ao congelador 2 horas. Desenforma, com cuidadinho, põe no frio até servir, et voilá!

Post Scriptum: Não, não vos vou explicar como foi feita a decoração. Vá, escusam de partir logo para o insulto, calma! Não explico, porque não fui eu que a fiz, e com a minha destreza manual o bolo teria ficado com ar de aldeia assolada pelo Vesúvio. Obrigada à minha amiga Madame Vienetta, dona das hábeis mãos que decoraram o meu bolo. Madame, chegaste há pouco tempo, mas vais ficar por muito tempo. Sim, não te livras de mim com essa facilidade!







quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Hoje é tudo à grande: a música e a sobremesa.


 

Sabiam que hoje é o Dia Mundial da Música? Não. É para isso que eu estou cá, para partilhar estas pérolas do saber convosco. E como ultimamente ando um bocadinho armada em Ervilha Deejay, como podem testemunhar os seguidores do Facebook, decidi partilhar convosco uma playlist que acompanha as minhas incursões nos tachos. Puxa, Pacheco!

Dead Combo, Lisboa Mulata : Esta vai direitinha para a minha amiga Madame Vienetta, que diz ficar com vontade de assaltar bancos quando ouve isto. Mas fica-se pela vontade, garanto fregueses!
dB+PZ, Cara de Chewbacca : Uma boa história de amor é coisa para me fazer feliz, mesmo que envolva a frase "tu és tudo o que eu quero ter... do pescoço para baixo"
M7 com Capicua, Tabu : "Que seria do leite creme, se não fosse o caramelo" Damas da Invicta a carregarem na rima, carago!  
Clã, A Paz não te cai bem : Caramba, se isto não vos dá vontade de fazer um petisco para os amigos, regado de sangria e converseta, não sei...
Deixem o Pimba em Paz, Taras e Manias : Manuela Azevedo, Bruno Nogueira e Marco Paulo. Não preciso de justificar a minha escolha, pois não?
Deolinda, Musiquinha : É abanar, abanar, abanar, enquanto se faz a mise en place. No fim, vai tudo saber melhor.
Virgem Suta, Ressaca : Acontece. Aos melhores. Até a certas leguminosas. E não se deixa de cozinhar por causa disso, né? É carregar nas molhangas, e regar com Coca-Cola, gelo e limão. 
António Zambujo, Flagrante : Quando o fado tem ginga, isso é... António Zambujo. 
Jorge Palma, Portugal Portugal : Uma música cheia de pontos de interrogação, para os quais ainda não há resposta. Para cozinhar em modo panfletário.
Sérgio Godinho, Quatro Quadras Soltas : "Quando se emborracha o pobre, dizem olha o borrachão. Quando se emborracha o rico, acham graça ao figurão." A sabedoria intemporal do mestre.

Experimentem as receitas, com este acompanhamento: boa música portuguesa. Sim, o nacional é bom, mesmo que não seja esparguete. O que também é bom, aliás, mega bom (gostaram da transição subtil de tema?) é esta Mega Queijada. Se uma queijadinha é bom, uma de tamanho familiar só pode ser melhor, certo? E faz-se assim:



Mega Queijada. Mega Boa.

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

1 base de massa quebrada
5 gemas
250 g de açúcar branco 
2 colheres de sopa de farinha
1 colher de sobremesa de canela
5 queijos frescos

A parte divertida:

Liga o forno a 180º. Forra uma tarteira, com a massa bem esticadinha, e passa o rolo por cima para cortares o excesso de massa. Pica o fundo com um garfo, leva ao forno 10 minutos, e retira.

Bate as gemas com o açúcar, até fazer bolhas. Junta a farinha e a canela, e bate novamente. Escorre os queijos, e esmigalha-os bem. Mistura os queijos com o creme de ovo, e passa a  mistura por um passador.

Recheia a base da tarte com o preparado de ovos e queijo, leva ao lume cerca de 20 minutos (pica o recheio com um palito para verificar se o recheio está cozido), et voilá!

Post Scriptum: Esta receita foi-me gentilmente cedida pela minha sogra, Sô Dona Mousse, que por sua vez a surripiou à irmã, a querida Tia Queijadinha. Que é doce como esta receita. A receita ainda vos cedo, a tia não.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Uma história de amor numa malga...





Fregueses da minha vida, Ervilha por vezes tarda, mas não falha (quer dizer...). Aqui está o balanço do #secretstoryroastervilhastyle, que é como quem diz, uma sessão de piadolas , produzida em directo por esta que vos fala no Facebook da Ervilha, na noite da Gala, que deu início a esse bonito chavascal que é a Casa dos Segredos. Então cá vai:

A vt de abertura da Casa dos Segredos faz uma analogia entre os segredos dos concorrentes e os de Fátima. Queixa à ERC, check!

A Liliana sonha ser stripper. O Daniel não gosta de ler. Confirma-se, nesta edição foram buscá-los ao mesmo contentor.

Um dos segredos é "tenho um fetiche pela Teresa Guilherme". Este é fácil: é só ver quem é que entra com uma sela.

O Odin diz que sonha ser atropelado e esfaqueado. Primeiras!

A Célia tem um talento especial para não fazer nada. Não há uma vagazinha na Segurança Social para a pequena?

A Daniela diz que tem uma personalidade muito forte e ninguém lhe pisa os calos. Clichê, check!

Elisabete: catequista e professora de zumba. Não é preciso dizer mais nada, pois não?

Segredo: Somos um falso casal lésbico. "Vamos ser fufas? Uau, que giro!"-Daniela; "Tenho o dedo gordo!"-Elisabete 
Priceless!


O Bruno diz que para disfarçar que tem 3 namoradas, aspira a casa quando uma delas sai. E a Inês (namorada dele) diz que sonha fazer amor num relvado de um estádio de futebol. A relva não entope o filtro?

O Hugo trabalha nos pasteis de Belém e diz ser como os pasteis: cremoso, estaladiço, e irresistível. E acrescento eu: com tanto azeite, dá imensa vontade de lhe dar na canela.

A Flávia só gosta de homens fardados. Muita visita ao ginecologista...

A Sofiya é ucraniana, nasceu numa família de militares e deitou fogo a uma casa de banho. Nada de novo, vem aí Pussy Riot.

Chamaram Aladino ao Odin. Depois da tatuagem, a Teresa ainda lhe vai esfregar a lamparina... Desculpem, foi uma homenagem aos trocadilhos da Teresa Guilherme.

A Cristiana é bailarina de cantores pimba. A Voz disse-lhe que ela era enigmática e ela respondeu que palavras difíceis não era com ela. Cristiana soletra Clamídia, sff. "C-l-a-m-i-d-i-a" Boa, Cristiana!

O ídolo do Fernando é o Schwarzenegger, e diz que o sonho dele é ser primeiro-ministro. Por mim, pode ser.

Sim, já percebemos que o Pedro... Pois, mas tinham que fazer uma piada com a saída do armário. Fosse a TV tão descarada com certos ministros...

O Luís vai interagir com a sala da aplicação. Os "portugueses" escolheram entre aplicar-lhe o look gótico ou dread, Escolheram gótico. Os eleitores adoram o desconhecido, não fosse a eleição do Marinho Pinto prova suficiente.

A Agnes à segunda e à sexta, nunca põe o lixo na rua . Dias de reclusão, portanto?

O Paulo odeia pessoas que não são sinceras. Cliché Parte 2, check!

O Vítor é bombeiro, faz campas e foi Mister Chaves 2014. Tá bom, não tá?

A Cinthia nasceu no Brasil, quer ser juíza, e quer demonstrar que as brasileiras não servem só para desfilar bikinis. Estou ansiosa por ver as togas que ela levou para a Casa.

Conclusão da noite: o emigrante "escargot para a França" , "espero que não dê merkel", bombeiro forçado "a pegar na mangueira". Teresa, aqui tens uma guionista ao teu dispor quando o Quim Barreiros se cansar. Obrigada, fregueses ouvintes!

E foi isto, senhores fregueses. Exaustivo, trabalhoso, e a tempos doloroso, mas o que é que eu não faço por vocês? E agora uma coisa que também tem muita saída num reality show: uma história de amor. Também esta entre dois elementos inanimados. Uma versão das ervilhas com ovos escalfados: minimalista nos ingredientes e confecção, mas megalómana no sabor. E faz-se assim:

O Ovo a babar pela Ervilha

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa:

Azeite
2 alhos ralados
1 cebola roxa às meias luas, fininhas
4 colheres de sopa de salsa picada
600 g de ervilhas congeladas
Sal e pimenta preta moída q.b.
1 copo de vinho branco (20 cl, mais coisa menos coisa)
Vinagre
4 ovos

A parte divertida:

Leva uma frigideira anti aderente ao lume, com um fio de azeite. Assim que estiver quentinho, junta a cebola o alho e três colheres de salsa, e refoga. Agora, junta as ervilhas, tempera com sal e pimenta q.b., e deixa saltear 4 minutos. Junta o vinho, mexe, tapa, e deixa cozinhar mais 7-8 minutos, em lume brando. Divide as ervilhas por quatro malgas.

Agora, os ovos: leva a água ao lume e quando estiver bem quentinha, deita um pouco de vinagre. Cria um turbilhão na água com uma colher de sopa, deita o ovo numa tigela, e da tigela para o centro do turbilhão. Com a ajuda de uma escumadeira, dá-lhe a forma, e deixa cozinhar 3-4 minutos, de maneira a que clara fica cozinhada e a gema molinha. Retira cuidadosamente com a escumadeira, "planta" o ovo na malga, e repete a operação com os restantes ovos. Põe um pouco de pimenta moída, salpica com salsa picada, et voilá!

Post Scriptum: O estaminé faz um ano esta semana, meus senhores! Dia 3, é dia de festa e cantam as nossas almas. Sim, estou a contar com as vossas palmas! Yeah!


domingo, 21 de setembro de 2014

Junk Food meets Trash TV





Coisas bastante espectaculares vão acontecer hoje à noite, fregueses! O Secret Story vai começar, e aqui a vossa Ervilha Maria decidiu fazer um Roast da Casa dos segredos. E o que é um Roast, perguntam vocês? É o chamado bater no ceguinho, desejavelmente com piada. É um momento de comédia com um alvo seleccionado, uma sessão de insulto em quem ninguém leva a mal, porque é humor. 

E é isso. Em directo, via facebook (https://www.facebook.com/ervilhemarievou armar-me em comentadeira, e dizer de minha tolice sobre a Casa dos Segredos. Depois hei-de fazer aqui um "best of", ou um "menos mau", consoante correr a noite. Para esclarecer os mais incautos sobre a relação de Ervilha Maria com este tipo de formato televisivo, transcrevo aqui um excerto de um post antigo sobre o assunto:

"Posso nomear todos os vencedores dos Big Brotheres, Secret Story's, Desafios Finais, e demais sucedâneos alguma vez transmitidos na televisão portuguesa. Com jeitinho, os finalistas também. É nesta altura que o senhor cá de casa diz "Tu às vezes assustas-me!". Com um ar verdadeiramente aterrorizado. Tipo quando lhe ligam da oficina para dar o orçamento da revisão. Pavor, portanto!

E não, não tenho vergonha disso. Foi um processo gradual, tive que lidar com discriminação, os olhares enviesados, com os bullys desta vida... Mas finalmente, ganhei força, e saí do armário. E com coragem grito a plenos pulmões: os realitys shows fazem-me feliz. E a Teresa Guilherme é a maior. Pronto, já disse. 

Ressalvas a fazer: não voto em ninguém, não torço por ninguém, porque não gosto de ninguém. Simplesmente, aprecio ver duas dezenas de seres intelectualmente diminuídos numa casa, a enterrarem-se uns aos outros. E sim, o verbo enterrar aqui pode ter diversos sentidos. Sim, eu gosto de dizer mal de cenas e pessoas várias. E este é o veículo perfeito para isso."

Creio que estão neste momento esclarecidos, e podem imaginar o que vos espera ao serão. E como nem só de televisão de trampa vive a Ervilha, aqui vai uma receita que pode casar na perfeição com a noitada! A amburga (a minha avó dizia assim, é uma boa recordação) é o epíteto da Junk Food, conceito que quanto a mim casa na perfeição com Trash TV. Toda quitada, cheia de acessórios e artifícios (qual concorrente do SS), esta amburga é de ir às lágrimas. Como os trocadilhos da Teresa Guilherme... Não se esqueçam, das 21:30 à 1:00, Roast Ervilha Style no Facebook. Até lá, vai de amburga. E faz-se assim:

Uma amburga, que sim senhor!

Tempo de preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa:

Azeite
1 cebola, às meias-luas fininhas
2 alhos laminados
150 g de cogumelos Paris, laminados fininhos
Sal e pimenta preta moída q.b.
1 colher de chá de oregãos
4 fatias de bacon, cortadas ao meio
1 noz de margarina
4 hambúrgueres de vaca
4 fatias de queijo Cheddar

A parte divertida:

Leva uma frigideira anti aderente ao lume com um fio de azeite. Assim que aquecer, junta a cebola e o alho. Salteia até a cebola ficar transparente. Junta os cogumelos, tempera com sal, pimenta, e os oregãos, e salteia durante cerca de 5 minutos. Reserva.

Tempera os hambúrgueres com sal e pimenta. Põe uma grelha ao lume, e quando estiver quente, deita uma noz de margarina. Faz a gordura escorregar pela grelha, para ficar bem untada. Grelha os hambúrgueres uns 4 minutos de cada lado (variar consoante o ponto de preferência ( mal passado, médio, bem passado). Nos últimos 2 minutos, cobre cada um com uma fatia de queijo Cheddar e tapa. 

Enquanto grelhas os hambúrgueres, leva uma frigideira anti aderente ao lume e frita o bacon, uns 2 minutos de cada lado. Última fase, a montagem: hambúrguer, bacon, cogumelos com cebola, et voilá!

Post Scriptum: Ora e então esta maravilha acompanha com quê? No pão, com uma saladinha mista, uns bróculos cozidos, a inefável batata frita, um arrozinho frito, o céu é o limite. Hoje, cá em casa, marchou com puré de batata. Do verdadeiro, claro, por quem me tomam? Homessa!



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Neste peixe ninguém vai botar defeito!



Para hoje, fregueses, um momento didáctico. Não acreditam? Então cá vai: vocês sabem a que se deve a cor do salmão? Sabiam que que se deve ao facto do camarão ser o seu alimento predominante? Pois claro que não sabiam. Se vos perguntassem quem é que ganhou o Big Brother 2 já sabiam... Que foi o Henrique... Também conhecido por Icas... Que era para ir para padre... E depois teve um restaurante com o Zé Maria... Que acabou por ir à falência... Se calhar só eu que acumulo estas pérolas de saber inútil... Eu, às vezes, assusto-me.

Mas adiante... Isso pôs-me a pensar. E se a malta se assemelhasse com aquilo que come... Não, não estou a falar de mim que fiquei com cara de ervilha. Estou a falar se nós ganhássemos semelhanças com aquilo que "comemos", no sentido erótico-coital... Estranho, não? E muito pouco amigo do adúltero. O que diga-se de passagem seria muitíssimo bem feita! E pensando mais longe... Será que é por isso que há animais tão parecido com os donos... Ups! 

Voltando ao princípio, e à receita de hoje, se o salmão se alimenta do camarão, um prato que os junte só podia correr bem. E ervilhas e cenouras, nunca são demais, não? Eu que assim como está não precisa de mais nada, mas se juntar um arrozinho branco feito com à agua da cozedura do bicho dos bigodes... Ui, fica aqui que é um mimo! E tudo isto faz um vistão! E faz-se assim:


A Dança do Salmão com Ervilhas, Cenoura e Camarão

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa:

400 g de camarão
Sal e pimenta moída q.b.
4 postas de salmão
Sumo de limão
Azeite
1 cebola picadinha
2 alhos laminados
3 colheres de sopa de salsa picada
300 g de ervilhas congeladas
2 cenouras descascadas, às rodelas 

A parte divertida:

Coze os camarões em água a ferver, temperada com sal, durante 5 minutos. Escorre e guarda a água. Tempera as postas de salmão com sal e pimenta, e rega com sumo de limão.

Leve um tacho ao lume com um fio de azeite e refoga a cebola e o alho, juntamente com 2 colheres de sopa de salsa picada. Quando a cebola estiver lourinha, junta as ervilhas e as cenouras, mexe, e deixa estufar 5 minutos. 

Junta 5/6 conchas da água de camarão, tempera com sal e pimenta (sem exagero que a água do camarão já está salgada), tapa, e deixa cozinhar em lume brando 15 minutos. Mexe de vez em quando.

Agora, junta as postas de salmão ao tacho. Rega com mais umas quantas conchas da água do camarão, tapa novamente, e deixa cozinhar mais 15 minutos. Junta os camarões, e deixa cozinhar mais 5 minutos. Salpica com a restante colher de salsa picada, et voilá!

Post Scriptum: À falta de salmão, já fiz esta receita com maruca e pescada, congeladas. A única diferença é dispensar o sumo de limão no tempero do peixe. Fica bom, mas confesso que o salmão, para mim, faz o casamento mais guloso com os restantes ingredientes.



terça-feira, 16 de setembro de 2014

"Ok, do you want something simple?" para sobremesa



E eis que as redes sociais se inundam de duas correntes religiosas: católicos e hereges. E porquê, perguntam vocês? Qual a causa?  Meia maratona das Freiras Carmelitas Descalças (que é que foi? deve ser a única maratona que ainda não fizeram)? ExpoBelzebu na FIL (digam lá que não ficava um mimo logo a seguir às noivas?)? Não, nada disso. É tudo por causa de São Pedro.

Temos então duas trincheiras no Facebook: de um lado temos os "Ó São Pedro, meu querido, cutxi-cutxi, fofinho, manda lá vir o solinho!"; do outro lado, temos os "P___ que P____ o C_____ do São Pedro, ó C_____ mais este tempo de m____!" (não é difícil preencher os espaços, pois não, ou sou a única no estaminé com um lado taberneiro?). 

Ok, tudo bem, cada um abraça a causa que quer. O que é o Facebook senão um megalómano Prós e Contras virtual... Só que sem o sotaque da Fatinha, e com mais gatinhos e balões de Gin. A única coisa que eu questiono é o propósito. É que a não ser que alguma coisa me esteja a escapar o São Pedro não tem página de Facebook. Nem sequer perfil pessoal... Ou será que me bloqueou? Deve ter sido aquele post em que eu disse que ele tinha o timing de um relógio do chinês sem pilhas...

Mas adiante. Esta causa, quer dizer receita, dificilmente vai dividir opiniões. Iogurte, Leite condensado, lima, maracujá. Sobremesa Triple B: Boa, Bonita e Barata. Faça chuva, ou faça sol, que o São Pedro é que manda (aceita o pedido de amizade aí a piscar, sim?). E faz-se assim:


Lima e Maracujá, imagina o que isto dá?

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa:

4 iogurtes naturais
3 limas
1 lata de leite condensado magro
5 maracujás

A parte divertida:

Isto é tão, tão, tão simples, que quase que não chega a ser uma receita: envolve o sumo das limas nos iogurtes, até ficar homogéneo. A seguir junta o leite condensado, e mistura até estar tudo bem envolvido.

Deita metade do creme na taça onde vais servir. Espalha o interior de 4 maracujás por cima, e deita o resto do creme por cima. Espalha o maracujá que sobra por cima, acaba a decoração com raspa de lima, et voilá!

Post Scriptum: Esta receita tem uma outra versão que podem espreitar aqui. Qual é a melhor? Pois que não sei, na dúvida façam as duas, juntem uns quantos lambareiros, e façam a votação. É daqueles raros casos em que ficam todos a ganhar, mais que não seja uma visita ao ginásio.  Vale cada metro de passadeira, garanto. Já agora, o título do post, para quem não associou, é uma referência a um tema brilhante do início de carreira dos The Gift (desfrutar aqui).