quarta-feira, 26 de março de 2014

Icecreama-te!




Era uma Ervilha Maria revoltada que vos ia falar hoje. Uma Ervilha a achar que este é um mundo injusto. "Olha que grande descoberta que tu fizeste, Ervilha! A seguir vais dizer que o António José Seguro tem o carisma de uma uva-passa". Não a seguir não ia dizer isso, até porque embora não seja fã de uvas-passas ao natural, gosto delas no arroz árabe. Já quanto ao Seguro não lhe consigo encontrar nenhuma utilidade.

Bem, mas vou passar a explicar o que me deixou irada. Hoje é Dia Mundial do Chocolate, mas não é esse facto por si só que me deixou com os nervos. Não sou a maior das fãs do chocolate, mas sei que 99,9% dos fregueses são, e respeito isso. O que se passa é que dei por mim a pensar:  há dias mundiais de tudo e mais alguma coisa. Ou de quase tudo. Pois é. Preparem-se para esta revelação: não há Dia Mundial da Ervilha. Vá, calma, calma! Não comecem já a pintar as faixas, a preparar os cocktails Molotov, a enfiar os passa montanha na cabeça (até porque não vos favorece) rumo às escadarias da Assembleia. Eu estava tão revoltada como vocês, mas resolvi tomar as minhas próprias medidas: eu vou criar o Dia Mundial da Ervilha, dia 3 de Outubro, quando Ervilhe Marie nasceu para o mundo. E espero que me apoiem nesta causa. Voltarei a este assunto em breve, prometo.

Sentindo-me mais calma, e satisfeita depois desta minha decisão, resolvi que o chocolate não era culpado pela injustiça dos homens, e que o devia celebrar com pompa e circunstância. Como não vos queria cansar com o 3784º bolo de chocolate, e que estamos na Primavera (sim, isto é a Primavera) resolvi fazer um gelado. Juntei a melhor invenção depois da roda, o leite condensado, e a segunda melhor, Nutella, e levei-as ao congelador. Feliz Dia Mundial do Chocolate e faz-se assim:


Decadência à Taça featuring Nutella

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-fusco a fazer, mas Coisa para demorar no Congelador

Despensa:

2 pacotes de natas
Gotas de limão
8 colheres de sopa bem servidas de Nutella
1 lata de leite condensado magro
3 colheres de sopa de margarina derretida

A parte divertida:

Bate as natas, com umas gotinhas de limão, até ficarem fofas, não em chantilly. Mistura a Nutella, o leite condensado e a margarina derretida até estar bem homogéneo.

Envolve o creme de Nutella nas natas batidas "doucement" para não perderem a fofura, até a mistura estar homogénea. Agora controla-te para não comeres a mistura à colherada. Coloca numa caixa com uma tampa que vede bem, e leva ao congelador pelo menos seis horas. Retira do congelador 15 minutos antes de servir, et voilá!

Post Scriptum: Com morangos ao pedaços, natas batidas, frutos secos ao natural ou torrados, raspas de chocolate, a fazer companhia a um crepe... Ou sem mais nada. É felicidade garantida, da decadente, mesmo decadente...







sexta-feira, 21 de março de 2014

Veggie Alert!!!



Ontem fui comprar legumes. E perguntam vocês "O que é que nós temos a ver com isso?" Nada. E intervêm vocês novamente "E que raio de interesse é que isso tem?" Absolutamente nenhum. Portanto, é o do costume. E vocês hoje também estão muito críticos, pá!

Como ia dizendo, ontem fui em busca de coisas boas para rechear a minha gaveta de legumes e vegetais frondosos, gaveta essa que estava quase tão deprimente como o comunicado do Presidente da República. Feitas as compras (num sítio do melhor sobre o qual falarei um dia destes), pus-me a olhar para as beldades adquiridas e a magicar o que fazer com elas. E decidi partilhar convosco algumas das cenas giras que faço com legumes, sem ser malabarismo. Coisas tão simples, que nem chegam bem a ser receitas. Dicas, talvez. Conselhos... Whatever!



Esta é fácil. É mergulhá-lo, sem vergonha ou pudor de espécie alguma, em maionese caseira. Sem dó, nem piedade. "Ah e tal, não sei fazer maionese." Não tema, freguês/a incauto/a, olha a receita aqui. É só lavar o aipo e cortá-lo aos palito.Mai' nada!



Descasca as cenouras, corta em rodelas finas, e coze-as só com uma pitada de sal. Escorre, e tempera com azeite, vinagre de sidra, sal, pimenta preta e oregãos. É um acompanhamento estonteante (palavras de Bróculo Júnior).



Tomate às meias luas, sal grosso, fio de azeite, vinagre de vinho tinto, e oregãos. Sim, outra vez oregãos. Sim, eu não me farto de oregãos. Ah, e garantam a presença de pão saloio perto desta salada. Por favor.



Grelhador? Check. Fio de azeite no grelhador? Check. Cogumelos de Paris cortados ao meio com uma pitada de sal e pimenta na grelha. Salsa picada em cima? Check. Felicidade? Check!



Porque o churrasco não se faz só de febras, fazei umas brasas para estes espargos. Cubram os espargos com um fio de azeite, temperem com sal e pimenta e levem à brasa. Ando obcecada por isto, e desafio-vos a não ficarem obcecados também.



Divide a couve flor em raminhos. Coze-a em água a ferver, com uma pitada de sal, durante 10 minutos. Dispõe num pirex, cobre com molho béchamel (o da Parmalat é bem bom), e depois com pão ralado. Leva a gratinar 10 minutos, em forno quente, a 200º.

Post Scriptum: Com excepção da couve flor, eu faço estas receitas não só como acompanhamento, mas também como entrada, como petisco. Não reneguem antes de experimentar, façam esse favor por vocês mesmo, fregueses!


quarta-feira, 19 de março de 2014

Para adoçar a boca a Pais doces




Ponto prévio: o meu Paizinho Manel Bacalhau (já o tinha apresentado aqui, não sei se se lembram) é o melhor Pai do Mundo, do meu Mundo, e mai' nada. Que  fique bem esclarecido. Dito isto, os meus filhos tem a sorte de ter alguém que se bate ali taco-a-taco na pole position de Melhor Pai. Nem com photo finish. 

Hoje dedicámo-nos ao presente que consiste numa moldura com fotos dos três, e cartõezinhos dedicados ao Pai Zé do Polvo. E que Pai é este? Pedi à Maria Achocolatada e Bróculo Júnior que escrevessem num cartão as características do Pai. A saber: Pescador, Engraçado, Baixinho, Doce, Bonito, Divertido, Modesto, Fofinho, Bom Cozinheiro (sim, tenho concorrência), Inteligente, Trabalhador, Amoroso, Piadolas, Carinhoso e Fixe. Eu avisei que ele era um "ganda" Pai. E não há dúvida que eles são uns "gandas" filhos.

Mas nós não nos dedicámos só ao presente, também houve tempo para preparar um jantar especial, e esta foi a sobremesa escolhida. Olhando para o título da receita, acharão que estou a chamar camelos aos Pais. Nada disso! Este bolo sabe-me a baba de camelo, só isso. E eu tenho alguma tendência para trocadilhos infelizes. Adiante... Feliz Dia do Pai e quanto à receita, faz-se assim:

Bolo "Baba-te, camelo!"

Tempo de preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa:

170 g de margarina amolecida
140 g de açúcar branco
3 ovos
140 g de farinha com fermento
1 colher de chá de fermento
Margarina líquida e farinha para untar a forma

Cobertura:

1 lata de leite condensado cozido
1/2 lata de leite
1 punhado de amêndoa laminada

A parte divertida:

Aquece o forno a 180º. Unta a forma com a margarina líquida, e polvilha com farinha. Bate a manteiga com o açúcar, até ficar homogéneo. Junte os ovos um de cada vez, e bate bem. Peneira a farinha e o fermento para cima da mistura, e bate novamente até ter uma massa fofa. 

Deita a mistura na forma, e leva ao forno 25 minutos (pica com um palito antes de retirar, para confirmar a cozedura). Desenforma o bolo, e deixa arrefecer. Agora podes lamber os restos da massa... Privilégio de cozinheira, não é só ter o trabalho, né?

Mistura os dois leites com uma vara de arames, e leva a lume brando até engrossar, mexendo sempre. São só uns minutinhos, 7-8 mais coisa menos coisa. Leva a amêndoa ao lume numa frigideira anti aderente, até estar torradinha.

Agora é simples: bolo num prato bonito, cobre com a cobertura de leite condensado, espalha a amêndoa torrada em cima, et voilá!

Post Scriptum: Este bolo fica baixinho, porque o faço numa forma grande. É propositado, para ficar bem ensopado na cobertura. Obsceno de guloso. Diria que com um pé no porno, mesmo. Uma pouca vergonha que vale bem a pena. Experimentem e depois digam-me se eu tenho razão ou não.






terça-feira, 18 de março de 2014

Conserva-te assim que está bom!




Estou com alguma dificuldade em concentrar-me. Tenho um vizinho que é cantor/músico e está há TRÊS QUARTOS DE HORA a cantar o Fly me to the moon. Não me interpretem mal: a cantiga é lindona, o rapaz não é o Frank Sinatra, mas tem uma bonita voz... Mas esta porra em loop está a modos que a deixar-me a pontos de dizimar uma aldeia de dimensão média. 

Bem, calou-se por momentos, deixa-me aproveitar. Agora como já queimei umas quantas linhas a falar do rouxinol do lado, vou ter que ser sucinta. Sabem o avião que se evaporou há mais de uma semana? Que não há radar, satélite, CIA, Interpol, o raio que a parta que encontre? A Courtney Love encontrou-o (notícia aqui, obrigada ao Correio da Manhã mais uma vez, por trazer sol e vergonha alheia à minha vida). Numa fotografia. Na net. Anda meio mundo à procura, quando bastava procurar no Google. E dar no cavalo. E juntar uns comprimidos. E meia dúzia de garrafas de vodka, provavelmente. Simples. 

Também simples (estou cada vez melhor nestas ligações, até 'tou toda arrepiada), é esta receita. Abrir umas latas, agitar um frasco e pouco mais. A preço de saldo, praticamente sem fazer nada, rápida, rapidíssima. E boa, boa, boa... E faz-se assim:


A Sardinha manda o Ovo à Fava

Tempo de preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa:

1 lata de favas baby (que fofo!)  com 265 g
4 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de vinagre de cidra
1/2 alho ralado
1 colher de sopa de salsa picada finamente
Sal e pimenta preta moída q.b.
1 lata de sardinha em tomate
1 ovo cozido cortado em quartos
Folhinhas de salsa para decorar
Pão torrado

A parte divertida:

Escorre bem as favas, e deita-as numa taça. Faz o tempero misturando o azeite, o vinagre, o alho, a salsa, o sal e a pimenta. Eu uso o truque do indispensável Jamie Oliver: coloco os ingredientes num frasco, coloco a tampa, e agito como se de um shaker se tratasse. Já agora, Jamie, se me estás a ouvir, tens aqui uma amiga para a vida! Adiante...

Rega as favas baby (mesmo fofo!) com o vinagrete (guardando um colher de sopa para depois), e mistura delicadamente para não esmagar as babies (tão, tão fofo!). Deita as favas na travessa onde vais servir. 

Escorre as sardinhas. Abre-as ao meio ( eu faço isto à manita, mas é como quiserem) tira a espinha do meio, e o máximo de pele possível, e desfaz em lombos. Pode parecer mariquice, mas fica mais agradável assim, e eu sou a favor das coisas agradáveis.  Dispõe os pedaços de ovo cozido e os lombos da sardinha em cima das favas. Rega com a colher de molho que reservaste, decora com umas folhinhas de salsa, junta o pão torrado, et voilá!

Post Scriptum: Esta beleza enlatada pode servir de entrada ou como refeição frugal, que é como quem diz, uma refeição levezinha mas gostosa. Esta quantidade é uma boa entrada para 4/6 pessoas, ou uma refeição a 2, com um vinho verde geladinho... Seja como for, é bom, bom, bom! Juro!




segunda-feira, 17 de março de 2014

Às vezes também não faço nada e compro tudo feito: Pastel de Vento da "Feel Rio"



Não posso, não devo, nem quero, negar a influência que o Brasil teve na minha infância. Mormente e nomeadamente através das novelas e dos livros da Mônica. Tinha cromos do Roque Santeiro colados na minha escrivaninha, e sonhava um dia entrar numa lanchonete e pedir um pastel de vento, como a Magali. E aqui há uns dois anos, foi o dia.


Guiada até lá, pela minha sempre útil Time Out Lisboa, foi com medo de ver as minhas expectativas frustadas que  entrei na Feel Rio que se propõe oferecer " o melhor das lanchonetes cariocas em Lisboa". Nunca entrei numa lanchonete carioca, nunca fui ao Rio de Janeiro, mas depois da estreia, nunca mais parei de regressar à Feel Rio.


Não sou a maior adepta de pão de queijo, mas este é supimpa de bom. As coxas de frango são, sem sombra de dúvida, as melhores que já comi. Só assim, de repente. Tão sequinhas que parecem nunca ter posto a vista em óleo, um recheio em que o frango se enrola de forma obscena com o queijo catupiry, que lânguido se derrete. Uma pouca vergonha! Mas avancemos para a estrela da companhia, na minha modesta opinião.


O Pastel de Vento. O Olimpo dos salgados. Arte em massa estaladiça, com recheios múltiplos, confeccionado na hora, a fumegar nas mãos, uma experiência no limite do sobrenatural. As minhas palavras ficarão aquém, deixo-vos com as imagens. Os sortudos comensais são os meus ricos filhos, a quem apresentei O Pastel de Vento, e ficaram irremediavelmente tão devotos como eu, desde o primeiro encontro imediato de primeiríssimo grau.


Pastel de Vento de Fiambre Queijo e Oregãos


Pastel de Vento de Frango e Queijo Catupiry

Uma coxa, um Pastel de Vento e um chopinho e cá está Ervilha Maria feliz e de barriga cheia. Se bem que por vontade do Bróculo Júnior, só saíamos de lá depois de experimentar a ementa toda. E é para admirar? Quem nunca "Feel Rio", que atire a primeira pedra.

Post Scriptum: Para quem chegou há menos tempo, volto a dizer que isto não é publicidade, Ervilha Maria não recebe cheta por estas partilhas. Este post é apenas motivado pelo meu prazer em partilhar coisas boas com os meus fregueses!
Mais coisas sobre a Feel Rio:



domingo, 16 de março de 2014

'Cause i will always love noodles...




APÓS DIVÓRCIO CONTURBADO, MULHER CASA-SE COM CÃO



A TVI devia andar com a ciumeira, porque a Ervilha Maria agora só quer saber da CMTV, só fala da CMTV, é CMTV para lá, CMTV para cá... E vai daí atira-me com esta notícia para o colo, para provar que ainda há chama entre nós. Esta esmeralda do insólito, relatada no site da TVI, dá conta de uma britânica desconsolada com o amor, que após um divórcio que lhe fustigou o coração, decide casar com a sua cadela.

Sim, leram bem. Com uma cadela. Não no sentido alcoólatra do termo, não contraiu matrimónio com uma garrafa de vodka, situação relativamente vulgar em momentos de dor de corno. Se bem que dado o exposto, cheira-me que a Sô Dona Amanda Rodgers  é amiga da pinga. Esta querida casou-se com um canídeo do sexo feminino de seu nome Sheba, que está na sua vida há anos e passo a citar "faz-me rir e conforta-me quando me sinto em baixo. Não posso desejar nada mais de uma companheira para a vida». E agora pergunto eu: será que não rolava já um clima entre Amanda e Sheba antes do divórcio? Não terá o agora ex descoberto o adultério, e não terá sido esse o verdadeiro motivo do desquite? São estas questões que se impõem. Acho que merecia uma Grande Reportagem TVI, daquelas carregadinhas de jornalismo de investigação. Ou um guião para uma novela. Fica a ideia.

E depois desta bonita história de bestialidade, temos um bestial prato para hoje (muita bem esta ligação, muita forte). Os noodles têm um lugar bem vincado no seio do clã Ervilha. Os meus filhos simplesmente adoram, eu não fico nada atrás, de maneiras que é presença assídua na nossa mesa. Garantidamente esta é só a primeira de várias aparições, daquilo a que eu chamo carinhosamente "Esparguete do Xenês", nesta xafarica. Este faz-se assim:

Esparguete do Xenês com peito de frango e cenas verdes

Tempo de preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

1 peito de frango, grande, cortado em cubos
Gengibre em pó, sal e pimenta preta q.b. 
Óleo de amendoim (duas colheres de sopa, mais coisa menos coisa)
1 pedaço de gengibre descascado e ralado (do tamanho da cabeça do polegar, mais coisa menos coisa)
2 alhos ralados
1 cebolas às meias luas fininhas
4 colheres de sopa de molho de soja
1 punhado de raminhos de bróculos cozidos, al dente
1 dúzia de ervilhas tortas
200 g de noodles
Sementes de sésamo

A parte divertida:

Tempera o frango com o gengibre em pó, o sal (sem exageros, que o molho de soja é salgadinho) e a pimenta. Reserva. 

Leva uma wok ao lume, com o fundo coberto com o óleo de amendoim, o gengibre ralado, os alhos ralados e a cebola. Vai mexendo até a cebola estar translúcida. Como por magia, a tua cozinha vai ficar com cheiro de pecado culinário do Oriente, juro! 

Junta o frango e salteia bem até estar coradinho (3-4 minutos), mexendo sempre. Junta os brócolos, as ervilhas tortas e duas colheres de sopa de molho de soja. Deixa cozinhar em lume brando cerca de 10 minutos, mexendo com frequência.

Coze os noodles conforme as instruções da marca (por norma passa por colocar a massa numa tigela, cobrir com água a ferver, deixar 4-5 minutos, mexer com um garfo e escorrer).

Junta os noodles à wok, e as restantes duas colheres de molho de soja. Mistura bem, e deixa 3 minutos ao lume para a massa apanhar o gostinho da coisa. Salpica com sementes de sésamo, et voilá!

Post scriptum: Podem usar outros legumes, outra proteína, ir pela via vegetariana, os noodles são um receptáculo perfeito para quase tudo, uma Maria vai com as outras de vos deixar com os olhos em bico! É impossível não usar esta expressão numa receita de inspiração chinesa. As minhas desculpas pela piada fácil. Prometo não repetir nos próximos receituários de noodles. Prometo tentar, vá. E para grand, finale, deixo-vos com um bonito vídeo sobre o amor aos noodles, aqui.




quinta-feira, 13 de março de 2014

Artes Mágicas Contra-ataca (insert Star Wars theme)


CUTENESS ALERT:

Este post pode causar Oooooohhhhh!!!!'s, Tããããoõoooo fofa!!!!'s, Coisa maaaaaaiiiiii' linda!!!!'s até à exaustão. Não nos responsabilizamos pelos danos causados.


Eu avisei, não digam que eu não avisei, fregueses! Vou-vos dar um momento para se recomporem. Mas eu percebo. Eu próprio fiquei em êxtase de fofura, e por norma tenho uma sensibilidade granítica no que às fofices diz respeito.

Vá agora chega de mariquices, que tenho coisas importantes para dizer. Caso tenham perdido capítulos anteriores, já não é a primeira vez que Madame Cogumela, Dona e Senhora das Artes Mágicas, vem a esta xafarica espalhar magia. Se não viram, aqui está uma espécie de gravações automáticas: revejam tudo aqui, faxavôr!


É verdade que já fui abençoada com diversas preciosidades nascidas das mãos da minha artesã predilecta. Mas confesso que esta foi directa para o topo da pirâmide, e parece-me que explicações são desnecessárias neste contexto. Sou eu em formato porta-chaves, basicamente. Não serão muitos os que se podem vangloriar disto.

De maneiras, que aqui ficam os meus eternos e enormes agradecimentos a Madame Cogumela. Muito por esta Ervilha em modo crochet, mas muito mais por tudo o resto. À tua!


Post scriptum: Acham mesmo que eu me ia embora sem vos deixar o contacto das Artes Mágicas. Ainda não estou completamente senil. Ainda... E não quero que vos falte nada. Facebookem, likem, deslumbrem-se e encomendem. E se quiserem algo em particular, se pedirem com jeitinho, pode ser que se safem.






quarta-feira, 12 de março de 2014

Com papas e bolos, se enganam as mães...





À mesa de almoço de domingo:

Ervilha Maria: Vou fazer um bolo hoje à tarde. Querem de quê?
Maria Achocolatada: Chocolate, mãe. O que é que havia de ser?
Ervilha Maria: Sempre chocolate, sempre chocolate...
Maria Achocolatada: Ó mãe, e então?
Zé do Polvo: A mim chocolate, também não me parece mal...
Ervilha Maria: Tu também, saíste-me cá um vendido!
Bróculo Júnior: Ainda bem que eu não gosto de bolos...
Maria Achocolatada: Tu não bates bem! Eu ajudo-te, mãe.

Ervilha Maria faz o bolo com a ajuda de Maria Achocolatada, e assim que Ervilha coloca o bolo no forno diz a serigaita pequena:

Maria Achocolatada: Mãe, já posso lamber a taça, e a colher, e o rapa e...
Ervilha Maria: Ó filha, tanto chocolate faz-te mal!
Maria Achocolatada: Mas é tão bom lamber a massa do bolo, mãe. Porque é que achas que eu te ajudo a fazer os bolos? Deves pensar que é porque gosto de cozinhar...

Ora toma. E embrulha. E não digas que vais daqui. Devias pensar que a miúda com 13 anos não tinha nada mais interessante para fazer do que bater bolos com a mãe. Deves, deves... É claro, que eu fiz beicinho. É claro que ela me encheu a cara de beijinhos, quando percebeu o meu desalento. E de massa de chocolate, que por esta altura já estava disseminada por toda elaE a seguir foi para o quarto. Ouvir One Direction, sacar fotos da net dos One Direction, rodeada pelos 3478 posters dos ditos cujos com que calafetou o quarto. Tão adolescente, coitadinha. Mas muito mais doce que o chocolate. 

E a história do bolo está contada por hoje. Chocolate e nozes é aquela combinação à laia de match made in heaven, de maneiras que a conversa já vai longa, e vamos mas é ao que interessa. E faz-se assim:

Com este Bolo de Chocolate e Noz, nunca ficaremos Sós

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

170 g de margarina amolecida
140 g de açúcar branco
3 ovos
140 g de farinha com fermento
1 colher de chá de fermento
4 colheres de sopa de chocolate em pó
80 g de nozes picadas
Margarina líquida e farinha para untar a forma

A parte divertida:

Liga o forno a 180º. Unta uma forma redonda com a margarina líquida, e polvilha com farinha.

Hora de trabalho... para a batedeira. Bate o açúcar com a margarina, até estar homogéneo. Junta os ovos, batendo um de cada vez, até teres um creme fofo. Peneira farinha e o cacau para dentro da taça, o miolo de noz (guarda um punhadinho para pôr por cima a decorar) e toca a bater outra vez até estar tudo bem envolvido.

Deita a massa na forma, alisa, e polvilha com as nozes que guardaste, se não as tiveres comido entretanto... Acontece nas melhores famílias. Leva o bolo ao forno durante 25 minutos. No fim do tempo (pica com um palito para confirmar que está cozido), retira o bolo do forno, desenforma, et voilá!

Post scriptum: É um bolo que nasceu para alegrar um lanche. Também, mas não só. É óptimo para a marmita, porque se aguenta com a graça da juventude, mesmo quando está a envelhecer na boleira. Durante 5, 6 dias, vai fazer-vos feliz como no primeiro encontro. Depois disso não sei, pois nunca sobreviveu para contar.





terça-feira, 11 de março de 2014

Sai uma 'fana prá mesa do canto, ó faxavôr!




Em primeiro lugar, fregueses, há que comemorar efusivamente a efeméride do dia: a CMTV faz um ano hoje! PARABÉNS!!! Há um ano que este canal me presenteia com maratonas de humor de desconforto e pazadas de vergonha alheia. E se isto não é coisa para festejar, então não sei o que é.

Em segundo lugar, gostaria de partilhar convosco o seguinte título "Vídeo de tirar "selfies" pode provocar problemas mentais". Ora eu tenho para mim, que isto é assim tipo pescada, que antes de ser já o era. Parece-me que quem se dedica à actividade de tirar fotografias a si própria num lugar tão alegre e animador com uma casa de banho, deve ter uma rachadela no parietal, que está a provocar humidade no miolo. Aqui há atrasado, saí de uma casa de banho de uns restaurante e deparei-me com duas criaturas do sexo feminino de aproximadamente 20 anos, ao espelho, e diz uma para a outra "Estamos tão giras, vamos tirar uma pick!" Juro que estive a pontos de lhes dizer " Se quiserem eu tiro-vos a foto. Mas fazem questão que seja aqui? É que o cenário não é magnífico, e cheira um bocado esgoto, porque estamos numa casa de banho pública, PORRA!" Mas achei melhor não dizer nada, até porque me parece que não iam perceber a ironia, nem que lhes caísse em cima em forma de bigorna.

Em terceiro lugar, hoje trago-vos uma comidinha simples, tradicional, rápida, económica, muito do agrado do clã cá de casa. O que é que se pode pedir mais? É claro que se pode pedir imensa coisa, era uma pergunta retórica, fregueses. O segredo destas bifanas, 'fanas para os amigos, é tempero em barda: alho em barda, louro em brado, massa pimentão em barda, tudo em barda! De outra maneira não tem graça nenhuma. Se tiverem petisco em casa, podem perfeitamente fazê-las com antecedência, e no momento é só aquecer. Junta-se-lhe umas jolas, e o belo do pão saloio, e não há quem não se alambaze. E faz-se assim:

'Fanas da Ervilha Maria

Tempo de preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

10 febras fininhas
Sal e pimenta preta moída q.b.
50 g de margarina
3 colheres de sopa de óleo
4 dentes de alho laminados
2 folhas de louro aos pedaços
1 colher de sopa generosa de massa pimentão
1 malagueta
10 cl de cerveja

A parte divertida:

Tempera as febras com sal e pimenta (sem abuso no sal, que a massa pimentão é salgada). Leva uma frigideira anti aderente ao lume forte, com a margarina e o óleo, . Quando a margarina estiver derretida, junta os alhos, o louro, a massa pimentão e a malagueta, e mexe. 

Quando o alho começar a estalar, e a frigideira estiver bem quente, junta as febras. Deixa-as apanhar cor e vira. Assim que as febras estiverem douradas de um lado e outro, junta a cerveja, baixa o lume, tapa, e deixa cozinhar cerca de 15 minutos. Et voilá!

Post scriptum: 'Fana no pão, 'fana no prato, comam a 'fana como vos aprouver. Eu junto sempre mostarda e pickles dos meus (receita aqui). Se não for no pão, a malta cá de casa gosto muito de acompanhar com as minhas batatas assadas (receita aqui), e uma típica salada mista. Fica a ideia!