segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

"Brownie, outra vez?" Disse. Ninguém. Nunca.




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA INADIÁVEL E A CONFISSÃO DE UMA PROCRASTINADORA

Há dois tipos de pessoas: as pessoas normais e as pessoas que, às 23:00 da noite de consoada, estão trancadas no quarto a embrulhar os últimos presentes de Natal. O quê? Vão-me dizer que sou só eu? Ok. Sou mesmo um caso perdido. Acabo invariavelmente por adiar esta tarefa, porque tenho o jeito para trabalhos manuais de um mamute em ácidos. Mas é desta que vou quebrar este enguiço. Aliás, vou já tratar disso. Já... Quer dizer... Tenho 2 episódios do MasterChef Austrália para ver... Mas a seguir, trato disso, juro. Fiquem então com mais uma receita de brownie, esta da autoria do meu marido culinário Jamie Oliver, que faz parte do seu último livro "As Receitas de Natal do Jamie Oliver". Recomendo vivamente. O livro e o brownie. E faz-se assim:


Brownie do Jamie

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: 50 g de chocolate branco aos pedacinhos, 100 g de chocolate culinário, 100 de manteiga, 100 ml de xarope de ácer, 2 ovos grandes, 50 g de farinha, 1/2 col. de chá de fermento em pó, 50 g de cacau em pó, 50 g de miolo de noz aos pedaços, margarina líquida para untar e açúcar em pó


A parte divertida: Liga o forno a 170º. Unta um pirex com a margarina líquida e forra com papel vegetal. Coloca os pedaços de chocolate branc num tabuleiro e leva ao congelador. Parte o chocolate culinário aos pedaços, junta a manteiga aos quadrados, junta numa taça, leva ao microondas até derreter (cuidado para não queimar) e mexe bem. Agora põe a batedeira a trabalhar: bate o chocolate derretido com a manteiga, juntamente com o xarope de ácer. Em seguida, junta os ovos um a um, sem parar de bater. Agora peneira a farinha, o fermento e o cacau para a taça. Junta as nozes e o chocolate branco, e envolve tudo muito bem. Deita no pirex forrado e leva ao forno 17 minutos. Polvilha com o açúcar em pó, et voilá!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Ò Leonilde, is love!




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE SE VAI APEGAR A VOCÊS E UMA BOA DOSE DE LAMECHICE PEGADA

É segunda, bláblábá, está frio, blábláblá, está tudo com um humor de rottweiler, blábláblá... Eu conheço a sensação. Mas eis que tudo muda, plot twist à la "Sexto Sentido" (e não me digam que são daqueles que saíram do cinema a dizer "eu percebi logo que ele estava morto" O caracinhas é que perceberam!). O que se passou foi isto: o telefone toca, a meio da manhã, e é senhor meu marido "Estás em casa? E se fosse almoçar contigo?". Passados 30 minutos, isto estava a caminho do forno. E um quarto de hora depois, eu estava a abrir-lhe a porta com um sorriso do tamanho do sistema solar. E como é que eu consegui isto, com um pré-aviso tão curto e um frigorífico a precisar desesperadamente de uma ida ao supermercado? Restos, senhores, restos. Sobras de um frango do churrasco, meia dúzia de fatias de bacon, um punhado de folhas de espinafres, massa e pouco mais. Um pirex de de massa gratinada é um "crowd pleaser". Neste caso, foi um "marido-pleaser". Coisa para ele dar por bem empregue uma hora extra a conduzir, só para almoçar comigo (isso e o meu encanto arrebatador). E faz-se assim:


Restos au Gratin

Tempo de preparação: Comme si, comme ça

Despensa: 300 g de fusilli tricolor, sal q.b., azeite, 2 dentes de alho ralados, 250 g de frango de churrasco desfiado, 6 fatias de bacon às tiras, 3 colheres de chá de oregãos, 150 g de folhas de espinafres em juliana grossa, 1 pacote pequeno de bechamel, 4 col. de sopa de pão ralado crocante ou panko, 1 col. de sopa de parmesão ralado


A parte divertida: Coze a massa em água a ferver com sal e um fio de azeite, até estar al dente (tempo de acordo com as instruções da embalagem). Escorre, reservando 1 dl da água da cozedura. Liga o forno a 210º. Leva uma frigideira anti-aderente ao lume com um fio de azeite e os dentes de alho. Quando o alho começar a ficar dourado, junta o frango, o bacon, 2 col. de oregãos, um pouco de pimenta preta, mexe bem e deixa cozinhar 5 mins., agitando a frigideira de vez em quando. Junta os espinafres, uma pitada de sal (pouco, porque o frango e o bacon já têm), mexe e deixa cozinhar mais 3 mins. Junta a massa, a água da cozedura, o bechamel, mexe bem e deixa ao lume 3 mins. em lume brando. Numa taça, mistura o o pão ralado, o parmesão e 1 colher de oregãos. Deita a massa num pirex, cobre com a mistura de pão ralado e leva ao forno cerca de 15 mins., até estar dourado e crocante. Et voilá!

Acompanha com muito, muito, muito amor... Desculpem, mas hoje estou assim! E não tenho um pingo de vergonha disso.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

God Save The Fish!




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE É UMA LIMPEZA E UM TROCADILHO UM POUCO JAVARDOLAS

Quem nunca gozou com a gastronomia inglesa que atire a primeira pedra. Quem nunca disse com desdém "A comida inglesa é tão poucochinha que a especialidade desde é peixe frito com batata frita, pfff!"? Eu própria aqui há atrasado (adoro esta expressão) tinha essa visão redutora. Não digo que a culinária nas Terras de Sua Majestade seja propriamente inspiradora, mas que o peixe frito britânico merece uma vénia, isso merece. Já a cena de juntar peixe frito com batata frita, não me convence, lamento. É óleo a mais, faz lembrar um evento de bodybuilding. Não me cai bem. E faz-se assim (o peixe, não os bodybuilders. Nunca fiz nenhum. Desculpem, é sexta, vale tudo!):



O Fish sem as Chips

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: 8 filetes de pescada, sal e pimenta preta moída q.b., 120 g de farinha com fermento e mais um pouco para panar, 1/2 col. de chá de fermento em pó, 20 cl de cerveja fresca, óleo de girassol, limão


A parte divertida: Coloca os filetes numa travessa, tempera com sal e pimenta, tapa com película aderente e leva ao frio durante 1 hora. Leva uma frigideira alta ao lume com o óleo e entretanto faz o polme: deita a farinha e o fermento numa taça, junta a cerveja e mexe com uma vara até o polme estar macio e consistente. Deita um pouco de farinha num prato, e passa os filetes na farinha, depois mergulha no polme. Passa o filete no rebordo da taça para retirar o excesso e frigideira com eles. Frita até estar douradinhos, cerca de 5/6 minutos, virando a meio. Escorre em papel absorvente, rega com sumo de limão, et voilá!

Acompanha com um cerveja bem fresca, maionese da boa (receita aqui http://ervilhemarie.blogspot.pt/…/ate-provares-isto-nao-pod…) e uma nostálgica salada russa. É de deixar a cara à banda, senhores ouvintes!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Que coisa bonita!




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA MIMOSA E UM AGRADECIMENTO HISTÓRICO

E eis que começa uma nova semana. E é certo que o espírito pode estar um pouco murcho à segunda-feira, mas esta semana inclui um feriado para arrebitar a disposição. E um feriado, quanto a mim, subvalorizado. Celebra-se a Restauração da Independência, e o robusto "chega para lá" que demos aos nuestros hermanos. Props para os tugas que o fizeram, gratidão eterna. Pensem bem! Senão fossem eles, víamos o Game of Thrones dobrado em castelhano. Imaginem... "Usted no sabe nada, Juan Nieve." E depois de vos maravilhar com as minhas prioridades, vou encantar-vos com uma bela de uma bolonhesa, enfeitada por uma massa que é bela por si só. Tropecei nestes "lírios" no supermercado, e ficam um mimo no prato e no estômago. Absorvem lindamente a bela da molhanga bolonhesa e são lindos. Uma maneira simples de "quitar" um prato simples, mas cheio de sabor. E faz-se assim:


Lírios Bolonheses

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: Azeite, 1 cebola picada, 3 dentes de alho laminados, 1 lata de tomate em pedaços, 1 pacote de polpa de tomate, 1 dl de vinho tinto, sal e pimenta q.b., 1 col. de chá de açúcar amarelo, 2 col. de chá de orégãos, 500 g de carne picada (metade vaca, metade porco), 300 g de lírios (ou outra massa qualquer, mas esta é tão bonita...)


A parte divertida: Vamos começar por tratar da molhanga. Coloca um fio de azeite num tacho, junta a cebola e os alhos e deixa refogar. Quando estiver loirinho, adiciona o tomate em lata e em polpa e mexe. Agora, o vinho, o açúcar, 1 col. de oregãos e tempera com sal e pimenta. Mexe, tapa e deixa 20 minutos em lume brando. No final, passa tudo com a varinha mágica e reserva. Leva um tacho anti-aderente ao lume, com um fio de azeite e, quando estiver quente, junta a carne e frita até estar lourinho (cerca de 10 mins.), mexendo com frequência. Junta o molho de tomate à carne, mexe, tapa e deixa apurar uns 20 minutos em lume brando. Entretanto, coze a massa al dente, escorre e reserva 1 concha de água da cozedura da massa. Junta a massa e a água à carne, mexe, deixa tomar o gosto cerca de 5 minutos, et voilá!

Acompanha com um belo pedaço de parmesão e um ralador. E deixa nevar em cima do prato!


domingo, 27 de novembro de 2016

Faz bem e sabe bem. E não há muitas coisas na vida de que possas dizer isso.




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE MOSTRA QUE OS LEGUMES PODEM SER O MELHOR REMÉDIO E UMA ERVILHA ALTAMENTE MEDICADA

Em primeiro lugar, o marketing de empurrão: partilhem com os vossos amigos dados ao vegetarianismo. Também eles têm direito a conhecer o meu manancial de receitas e o meu arsenal de saber inútil. Posto isto, gostaria só de dizer que continua soterrada em muco e a aviar comprimidos como se não houvesse amanhã. De maneiras que, é melhor não dizer mais grande coisa, antes que isto descambe. Estou oficialmente imprópria para consumo. Ao contrária desta coisa boa que vos trago hoje (see what i did there?)! Contém toda a indulgência inerente a qualquer lasagna, sem ponta de carne. Convence qualquer céptico e faz feliz qualquer crente do legume. E faz-se assim:



Veggie Lasagna

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa: Azeite, 2 dentes de alho ralados, 1 folha de louro, 1 ramo de brócolos aos raminhos, 150 g de cogumelos de Paris grandes aos pedaços, 2 cenouras grandes aos quartos, sal e pimenta preta moída q.b., 1 col. de sopa rasa de oregãos, 1 lata de tomate pelado (passado com a varinha mágica), 100 ml de polpa de tomate, 50 ml de vinho tinto, 1 pacote de bechamel, 9 folhas de lasanha (seca, da que não precisa de pré-cozedura), 1 pacote de mozzarella ralado


A parte divertida: Leva um tacho anti-aderente ao lume, com o os alhos e a folha de louro. Quando o azeite aquecer, junta os legumes, tempera com sal e pimenta, mexe e deixa-os suar em lume médio uns 5 minutos. Agora, junta os oregãos, o tomate, a polpa, o vinho e mexe. Tapa e deixa cozinhar em lume brando, durante 20 minutos, mexendo de vez em quando. Liga o forno a 210º. Vamos à montagem! Cobre o fundo de um pirex com um pouco de bechamel. Por cima coloca 3 folhas de lasanha, metade dos legumes, um pouco de bechamel e um punhado do mozzarella ralado. Repete a operação, e termina com as restantes três folhas de lasanha, um pouco de bechamel a cobrir toda a superfície e mais mozzarela. Leva ao forno 25-30 minutos, et voilá!
Acompanha com a bela da salada e o belo do tintol! Para carnívoro nenhum botar defeito, palavra de Ervilha!


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Isto vai ser amor à primeira vista. Cheira-me!




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA ESTUPENDA E UMA ERVILHA ESTUPIDIFICADA

Aqui onde me encontro, não tenho nada de profundamente entusiasmante para vos dizer, na medida que estou com uma gripe de alto lá e pára o baile. Sinto-me numa ilha, rodeada por micróbios e lenços ranhosos por todos os lados. Fui demasiado gráfica? Peço desculpa, deve ser da medicação. De maneiras que, antes que vos comece a descrever o gafanhoto gigante com quem estou a discutir o futuro da Europa, vou avançar para a receita prometida. Um cruzamento, acima de incrível, entre uma "chocolate cookie" e um "brownie". Sucesso, minha gente, sucesso! E faz-se assim:


E quando uma cookie se enrola com um brownie, isso é...

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa: Margarina líquida Base de bolacha: 110 g de manteiga à temperatura ambiente, 75 de açúcar branco, 1 ovo, 150 g de farinha, 30 g de pepitas de chocolate Brownie: 225 g de chocolate culinário, 225 g de margarina, 3 ovos grandes, 225g de açúcar branco, 75 g de farinha com fermento, 75 g de chocolate culinário partido em pedaços pequenos, 6 nozes descascadas e aos pedaços


A parte divertida: Forra um pirex ou um tabuleiro com papel vegetal e unta com margarina líquida. Liga o forno a 180º. Corte a manteiga aos pedacinhos, junta o açúcar e bate até ficar homogéneo e fofo. Junta o ovo e bate novamente. Adiciona a farinha e as pepitas e mexe com uma colher de pau. Espalha a massa da bolacha no pirex e alisa. Agora vamos ao brownie. Parte os 225 g de chocolate ao pedaços e coloca numa taça. Corta a margarina aos pedaços e junta. Leva ao microondas 1 minuto e mexe. Se ainda não estiver completamente derretido, leva ao microondas mais uns segundos (cuidado para não queimar). Deixa arrefecer. Bate os ovos com o açúcar até estar homogéneo. Junta o chocolate derretido e e mexe bem com a vara de arames. Por fim, junta a farinha e o chocolate aos pedaços e envolve bem com a colher de pau. Deita a mistura por cima da bolacha e leva ao forno durante 20 minutos. Retira do forno, espalha os pedaços de noz por cima e pressiona um pouco. Leva ao forno mais 30 minutos (verifica com um palito antes de retirar), et voilá!



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Sim, há atum para além do corredor dos enlatados...



ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE VAI DAR QUE FALAR E UM FLAGELO DE QUE NINGUÉM FALA

Hoje, nem sei bem que vos diga. Estou a modos que mareada, na medida em que estive num estabelecimento comercial durante aproximadamente três horas, a levar com músicas de Natal. Ninguém merece, pessoas! Isto é coisas para me deixar consideravelmente transtornada. Mas não me entendam mal, eu ADORO o Natal. Assim mesmo, com maiúsculas. Eu por mim tinha a árvore de Natal montada o ano todo. O meu marido que o diga. Eu desmonto-a, contrariada, quado ele me diz "Querida, estamos quase no Carnaval!" Todos os anos, eu sei que o Entrudo está para chegar quando ouço esta frase. Mas música de Natal, não. Lamento, mas o "Last Christmas" quase que me causa um choque anafilático. Bora fazer uma petição para criminalizar os Cânticos de Natal? Sim? Quero vos ouvir, tipo Coro de Santo Amaro de Oeiras! Só para vos deixar com um espírito benevolente e favorável à minha causa, ofereço-vos esta receita do caraças. Se estes bifes de atum suculentos, cheirosos e robustos não vos deixaram do meu lado, não sei que vos diga. E faz-se assim:


Uma Bifalhada da Boa! Mas de Atum...

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa: 50 ml de sumo de limão, 150 ml de azeite, 3 dentes de alho laminados, 2 col. de chá de oregãos, 1 punhado de salsa picada, sal e pimenta preta moída q.b., 4 bifes de atum altos (mais ou menos 200 g cada), 1 fio de azeite, 1 dente de alho


A parte divertida: Junta o sumo de limão, o azeite, os alhos laminados, os oregãos, a salsa e uma pitada de sal e pimenta. Mistura e reserva. Tempera Leva uma frigideira anti-aderente ao lume com um fio de azeite e um alho "esborrachado". Quando estiver quente, com o lume alto, coloca os bifes durante 2 min., vira e deixa mais 2 min. Eu gosto assim mal passado, mas é à vontade do freguês. Rega os bifes com o molho de ervas, et voilá!

Acompanha, conforme se pode ver, com a bela da batata assada. É procurarem por aqui, o que não falta são receitas da bela batata. Ide! 


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

É fácil, é barato e dá milhões...



ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA CHEIROSA E UM "CHEGA PARA LÁ" À PREGUIÇA

Quando regressas de viagem, seja uma uma escapadela tipo lusco-fusco ou uma viagem com direito a três trolleys e duas necessaires, agarrares-te ao fogão pode não parecer a perspectiva mais fantástica do universo. Por isso, é que que eu fui passear, namorar, aproveitar a vida loca como diria Fanny, e deixei estas espetadas no frigorífico à minha espera. "Sim, mas cozinhá-las dá trabalho!", dizem vocês. Ui, uma canseira! A saber: depois da tarefa avassaladora que é tirá-las da embalagem e da tarefa hercúlea que é polvilhá-las com coisas cheirosas e gostosas, há ainda a tarefa tortuosa que é colocá-las no forno. Acham que aguentam? O que é difícil de aguentar, tenho que ser honesta, é o perfume das especiarias que se vai espalhar pela casa. Vão ficar com vontade de lamber as paredes! Se calhar, estou a exagerar um bocadito. Mas é esta que vos fala, certo? Contem sempre com isso. E faz-se assim:


Espetadas de Glú-Glú Cariladas

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: Azeite, 8 espetadas de perú, sal e pimenta preta moída q.b., 2 col. de chá de caril, 1 col. de chá de açafrão, 1 col. de chá de gengibre em pé, 1 col. de chá de coentros moído, 1 col. de chá de alho em pó, sumo de 1 lima.


A parte divertida: Liga o forno a 210º. Cobre o fundo de um pirex com azeite. Coloca as espetadas no pirex e roda-as de forma a ficarem "besuntadas" de azeite. Agora, passamos ao spa das espetadas: polvilha com metade da quantidade indicada para cada uma das especiarias, espreme o sumo de meia lima por cima, vira e repete o processo. Leva ao forno durante 15 min. vira as espetadas, junta um pouco de água se estiver a secar e deixa no forno mais 15-20 minutos. Et voilá!

Acompanha incrivelmente com este "Molho do Caraças! de Iogurte e Pepino": aqui. A sério, match made in heaven!


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

E não digam que vão daqui...



ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE É UM "AI, JESUS" E UM AGRADECIMENTO PÚBLICO. 

A beleza que vos trago hoje foi experimentada, com glória e sucesso, no meu aniversário. Vinda directamente do novíssimo "As Receitas de Natal do Jamie Oliver". Pois que na quinta me chegou às mãos e este rolo, no sábado, já estava no meu forno.

E fregueses, é de deixar uma pessoa de cara à banda! Já ninguém usa esta expressão, pois não? Melhor, mais fica.
Dado o exposto, por esta e tantas outras razões, quero agradecer aos paizinhos do Jamie (que de certeza que seguem esta página) por terem feito o desenfreado amor e concebido Sua Alteza Dom Oliver, o meu Rei Culinário. Que nunca se arrependam! Posto isto, é com alegria e júbilo que partilho o receituário adaptado por mim, é bom de ver, de acordo com o gosto do meu clã. E porque se eu seguisse a receita à risca, não era eu. E faz-se assim:


Um Rolo de Carne que é uma Epifania

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar
NOTA:Serve, tranquilamente, 10 a 12 sortudos


Despensa: Azeite, 2 cenouras raladas, sal e pimenta preta q.b., 1 kg de carne de porco picada, 1 kg de carne de vaca picada, 1 bola de queijo mozzarella, 200 g de pão ralado, 1 colher de sopa de oregãos, 2 col. de chá de mostarda Dijon, 2 ovos grandes, 12 fatias de bacon, 1 copo de vinho branco

A parte divertida: Liga o forno a 180º. Leva uma frigideira anti-aderente ao lume com um fio de azeite. Junta as cenouras, tempera com sal e pimenta e deixa refogar em lume brando uns 10 minutos. Numa taça, junta as carnes, a mozzarella "esfarelada" em pedacinhos, o pão ralado, os oregãos, a mostarda, os ovos, a cenoura previamente cozinhada e uma pitada de sal e pimenta (sem exageros, porque já há aqui muito tempero e ainda se vai juntar o bacon que é bem salgado. Mete as mãos na massa, mistura bem e dá-lhe a forma de rolo. Cobre o fundo de um pirex com um fio de azeite, coloca o rolo e cobre com as fatias de bacon, entrelaçadas (como na foto). Tapa com papel de alumínio e leva ao forno durante 30 minutos. Retira do forno, tira o papel de alumínio, junta o vinho branco (dos lados, não em cima do rolo) e leva ao forno por mais 45 minutos. Et voilá!

Acompanha que é um mimo com puré de batata. Mas do verdadeiro, senhores, que aquela coisa de pacote é óptima, mas é para calafetar janelas. Mas vocês é que sabem da vossa vidinha.

P.S.: Props para o fotógrafo do "depois" Francisco Pereira, que além de tirar altas fotos, possui um breviário de piadas secas como há poucos no Mundo.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Regaboge Debochado powered by Ervilhe Marie





Ainda sobre as festividades, mormente e nomeadamente o meu aniversário. Sabem como é que a vida te diz que estás velha? Quando vais comprar velas para o teu bolo de aniversário e a caixa maior tem 36 velas... E tu fazes 37. E pensas "Que se f#$@... Não vou comprar outra caixa!" E vais buscar uma vela ao fundo da gaveta da tralha (quem não tem uma, que atire o primeiro castiçal), raspas o número da vela com a unhaca e dá isto. Um pouco trapalhão e peculiar. Comme moi même.

P.S.: O bolo é o "Brownie que derrete na Boca e não nas Mãos" (receita aqui). A diferença é que fiz uma receita e meia, misturei os amendoins todos na massa, distribui umas nozinhas de manteiga de amendoim por cima antes de levar ao forno e ralei chocolate branco e chocolate negro por cima. Devo dizer que sobraram as malfadadas velas e o papel vegetal. Mais nada!
P.S.2: Obrigada à tribo que cantou maviosamente os meus Parabéns! Sois lindões, sensualões e outros ões!


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Um clássico intemporal... Tipo eu! Gaba-te, cesto...



ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA DE BABAR E UMA ERVILHA BABADA

A babar. É assim que me encontro. Depois do tsunami de mimos de que fui vítima, a propósito de mais um aniversário. É que nem sequer me deram hipótese de deprimir um pouco em modo "ai, que estou aqui estou no lar a fazer macramé, a vibrar com "O Preço Certo" e a jogar bisca lambida, pobre de mim!". E a cereja no topo do bolo: mais uma palete de fregueses novos de presente, graças às vossas mui generosas partilhas. Aqui fica o meu muitíssimo obrigada por isso! Que nunca se arrependam, meus pudins Chineses! O quê? Não sabem o que é um pudim Chinês? É oficial, sou uma pessoa antiga. O que não envelhece é esse ex-libris da lambarice: a baba de camelo. Simples, económica e nunca desilude. E já há tão poucas coisas na vida que não nos desiludam... Isto foi tão #ervilhafilosófica (o uso do hashtag dá-me a ilusão da juventude, deem-me um desconto). Passemos à baba, que se faz tarde e eu quero ir babar-me para o sofá. E faz-se assim:


Baba-te, camelo!

Tempo de preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa: 4 ovos grandes, 1 lata de leite condensado cozido, 100 g de amêndoa laminada


A parte divertida: Separa as gemas das claras. Bate as claras em castelo e reserva. Bate as gemas com o leite condensado, até estar homogéneo. Junta as claras à mistura das gemas, a pouco e pouco, envolvendo sem bater. Mexe até ficar homogéneo. Torra as amêndoas numa frigideira anti-aderente, durante uns minutos. Deixa arrefecer um pouco. Deita metade do creme num taça, espalha metade das amêndoas por cima, o resto do creme e termina com o resto da amêndoa. Et voilá!

Acompanha com 1 hora de passadeira. Mas vale a pena, ó se vale!


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Tuna is Love. Tuna is Life.




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE É UM MIMO E UM PEDIDO ANTECIPADO DO MESMO

Lembram-se de um anúncio dos anos 90 em que se proferia a épica frase "Baril! Batido de atum para toda a gente!" Se não se lembram (https://vimeo.com/118185105) é porque são obscenamente mais novos que eu, e tendo em conta que completo mais um aniversário amanhã, isso é coisa para me magoar... hoje. Amanhã, já estou em modo "hoje é o meu dia, por isso mimem-me até à exaustão" e a provecta idade não me belisca a aura "Rainha da Noite" (saudosos D'Arrasar...). Sim, vão-se preparando para inundar este estaminé de mimo, no decorrer do dia de amanhã. Senão, faço beicinho. Mas tudo isto por causa do dito batido de atum. Ora bem, a menção de tal coisa até me dava arrepios no esófago. Mas é uma exceção: a palavra atum é meio caminho andado para eu dizer "Sim! Quero!". Atum é coisa que muito raramente falta na minha despensa, e é muitas vezes uma saborosa solução de recurso, onde ninguém põe defeito. Esta tosta é fruto de uma sobra de pasta de atum, servida como entrada no dia anterior, e da necessidade de me alimentar de forma rápida, eficaz, mas nunca sensaborona. E é do caraças, senhores ouvintes! E faz-se assim:


Tuna Tosta

Tempo de Preparação: Tipo Lusco-fusco

Despensa: 8 fatias de pão de forma integral extra fofo, 2 tomates às rodelas, 4 fatias de queijo, oregãos, manteiga para barrar. Pasta de Atum: 2 latas de atum, 2 ovos cozidos, 1 col. de sopa de pickles picados, 2 col. de sopa de maionese, pimenta preta q.b.


A parte divertida: Desfaz o atum e o ovo numa taça. Junta os pickles, a maionese, a pimenta e mistura bem. Distribui a pasta de atum por 4 fatias de pão, coloca as rodelas de tomate por cima, de seguida o queijo, salpica com oregãos e coloca as restantes fatias de pão por cima. Leva a tostar a gosto, barra com um pouco de manteiga, et voilá!

Acompanha bem com uma malga de sopa e não é preciso mais nada para confortar o estômago e a alma!


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Halloweenem-se praí à vontade!



ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA COM UM NOME ESTRANGEIRO E UM MAU VÍCIO TÃO NACIONAL

Há lá coisa mais portuguesa do que "dizer mal"? O bota-baixismo é um desporto luso, no qual provavelmente nos sagraríamos campeões europeus com menos sangue, suor e lágrimas do que no futebol. E com o perdão da palavra, não é só onde mija o português que mijam logo dois ou três. Onde malha um português, malham logo dois ou três... mil. Reparem que hoje é Noite de Halloween e dá-me ideia que por cada post que reza "Sim, sim, o Halloween essa tradição portuguesa #sarcasmo", há um suricata bebé que comete Harakiri. A Noite das Bruxas não tem nada de nacional, não senhor, e eu confesso que não me tintila minimamente. Tanta abóbora futilmente assassinada, e que podia fazer tanta gente feliz numa bela sopa ou numas gulosas filhoses, é triste que é... Mas fora isso, que mal vem ao Mundo? É um facto: sucede os países absorverem costumes/tradições de outros países/culturas. Apetece-me gritar aos 4 ventos: é a globalização, porra! Trouxe-nos o sushi, o caril e o kebab. Mas também nos trouxe uma celebração um pouco palerma. So what? Eu cá acho o saldo positivo. Dito isto, relaxem, porque essa irritação toda faz-vos parecer um dos símbolos do Halloween, que tanto desprezam: umas refinadas cabeças de abóbora. Mas contrariamente às que servem de decoração neste dia, as vossas parecem muito pouco iluminadas. Iluminado é este delicioso frango (nada forçada esta ligação). E cheiroso, fregueses, tão cheiroso! Ervas e limão, um verdadeiro incenso culinário. E fácil, fácil. E faz-se assim:

This Chicken is Easy like Sunday Morning

Tempo de Preparação: Isto é coisa para demorar

Despensa: 1 1/2 col. de sopa rasa de tomilho, 1 col. de sopa de oregãos, 1/2 col. de sopa de alho em pó, sal e pimenta preta q.b., 75 ml de azeite, 1 limão em meias luas, 1 cebola em meias luas, 1 frango aberto ao meio, 100 ml de vinho branco


A parte divertida: Liga o forno a 210º. Mistura num copo o tomilho, os oregãos, o alho em pó, o sal, a pimenta e mistura. Junta o azeite, mexe e reserva. Espalha a cebola e o limão no fundo de um pirex. Coloca o frango em cima, com a pele virada para cima e esfrega o frango com metade da mistura do azeite com ervas. Vira o frango e espalha bem o resto da mistura. Leva o frango ao forno durante 30 minutos. Junta o vinho no pirex (de lado, não em cima do frango) e leva ao forno mais 20 minutos. Tira do forno, tapa com alumínio e deixa repousar 15 minutos antes de servir. Et voilá!

Acompanha que é uma alegria com a bela da batatinha assada, legumes salteados, salada... Na verdade, este frango é um fácil. Acompanha bem com tudo, desde que lhe queiram bem.


domingo, 30 de outubro de 2016

Há traições que valem a pena.




ALERTA: ESTE POST CONTÉM UMA RECEITA QUE NÃO ATRAIÇOA E UMA ERVILHA QUE PÕE O DEDO NA FERIDA

Ora então, está tudo de tacha arreganhada porque estamos a entrar no belo fim-de-semana? Tudo a pôr gif's no Facebook de malta a dançar como se não houvesse amanhã, sugerindo que vão cair na gandaia até o sol raiar, mesmo que estejam a chover Cataratas do Niagara? E vai-se a ver vão-se alapar no sofá a papar séries, filmes do Hollywood que vão na 97ª reposição e que vocês já virão 49 vezes e realities degradantes, certo? E atacar o frigorífico, a despensa e a garrafeira furtiva e consecutivamente, qual sniper americano, verdade? Pois que acho muitíssimo bem, que é mais ou menos o que se vai aqui nesta humilde maison. E podem muito bem, aproveitar para fazer esta bela receita que vos trago. Eu confesso que ando, um tanto ou quanto, obcecada por batata doce. Ainda por cima, diz que não engorda, faz bem saúde, dá energia... Enfim, só falta tirar bicas. Olhem, experimentem e não digam que vão daqui. E faz-se assim:


Pus os Palitos à Batata com a Irmã Doce

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: 800 g de batata doce descascada em "gomos" finos, 2 col. de sopa de azeite, sal, pimenta preta, alho em pó, paprika, oregãos

A parte divertida: Liga o forno a 210º. Põe as batatas numa taça, e deita o azeite e os temperos por cima. Remexe bem para o tempero ficar bem espalhado. Forra um pirex com papel vegetal e deita os palitos bem espalhado no pirex e leva ao forno durante aproximadamente 35 minutos. Et voilá!

Acompanha que é um mimo com todo um universo de coisas: um belo hambúrguer no pão, um supimpa frango assado, um corpulento bife... E o que mais vos aprouver!


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Porque ontem foi Dia Mundial da Massa, mas faz de conta que é hoje, sim?

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ALERTA: ESTE POST INCLUÍ UMA RECEITA COM VERNÁCULO E UM FEITO NUNCA ANTES VISTO

Eu não gosto de correr. E se lhe chamarem running, não melhora. E também não gosto de nadar, até porque não sei. E andar de bicicleta com o corpo coberto de lycra, tipo contorcionista do Cardinali, também não me agrada. "E então caminhadas, Ervilha?" Caminhadas, gosto. Adorei caminhar em Paris, Londres, Barcelona, Roma, Budapeste (isto foi só para me armar ao pingarelho)... Agora, afastar-me três quilómetros de casa e depois chegar ao fim e voltar para trás? Não é a minha ideia de diversão. "Ó Ervilha, tu és é uma valente calona!" Nalguns aspectos, sou forçada a concordar. Mas não neste. Exercício físico para mim é uma aula com música aos berros e comigo aos pulos. E no final, em termos de transpiração e cor, devo assemelhar-me a uma lagosta suada. Isso, sim. Mas o tetris necessários para encaixar o horário dele, dos miúdos, o meu e ainda o dos ginásios é extenuante. De maneiras que, graças ao maravilhoso mundo novo da Internet, sucedem na minha sala aulas de aeróbica, zumba e afins. Tudo isto para vos dizer o quê? Acreditem se quiserem, mas é a mais pura das verdades. Que me caia já um candelabro da Joana Vasconcelos em cima, se estou a aldrabar. Eu, Ervilha Maria, confeccionei esta receita, enquanto fazia uma aula de body combat. Entre uppercuts, jabs, kicks e afins escorri massa, misturei legumes e fiz o meu molho Senhor Alfredo. Se isto, não vos impressiona... Experimentem fazer a receita e depois contem-me. Para terminar, que a conversa já vai longa, esta receita é inspirada no italiano molho Alfredo para massas. 
A versão original é gostosa, sim, mas bem mais pesada. E digam lá que o nome da minha não é muito melhor? E faz-se assim:

Um Fettuccine que é um P#&tedo, Senhor Alfredo!

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa: 2 peitos de frango cortados aos pedacinhos, sal, alho em pó e pimenta preta q.b., azeite, 3 dentes de alho laminados, 2 ramos de brócolos em florettes, 100 g de cogumelos de Paris laminados, 100 g de cogumelos marron laminados, 300 g de fettuccine, 1 dl da água da cozedura massa, 1 dl de natas, 1 dl de leite, 2 col. de sopa cheias de parmesão ralado, mais parmesão para ralar por cima a gosto

A parte divertida: Tempera o frango com sal, alho em pó e pimenta. Leva um tacho com um fio de azeite ao lume, junta os alhos, o frango e cozinha em lume médio, cerca de 10 minutos. Coze os brócolos al dente (5 min) em água a ferver temperada com sal, escorre e reserva. Agora coze a massa em água a ferver, só com sal e um fio de azeite, al dente, de acordo com as instruções do pacote. Junta os cogumelos ao frango e salteia mais 5 minutos. Escorre a massa, reservando 1 dl da água de cozer. Agora, junta os brócolos e a massa e mexe bem. Por fim, junta a água que reservaste, as natas, o leite e o queijo, mexe e deixa ferver 3 minutos. Prova, junta mais uma pitada de sal e pimenta se necessário, et voilá!

Acompanha com um belo pedaço de parmesão e um ralador. E cada um faz nevar, em cima do fettuccine, a quantidade de queijo que lhe der na real gana. La vita è bella!