Lá diz o povo (acho esta expressão assim um bocadinho pró reaça, mas por hoje passa), que a necessidade aguça o engenho, expressão que tão caracteriza essa paixão tão lusitana pelo desenrascanço. No entanto, tenho para mim que o engenho que tão bem nos desenrasca, também nos ajuda a afundar neste bonito lodaçal em que nos encontramos. Zé Tuga que é Zé Tuga encontra sempre maneira de dar um jeitinho, contornar a questão, arranjar alguém que feche os olhos, assobie para o lado, que não seja mais papista que o papa, que facilite. E assim o Zé Tuga vai cavando para tirar o monte de areia que lhe dificulta o caminho, sem se aperceber que as pazadas de terra lhe estão a cair em cima.
Não quero com isto desculpabilizar os chulos dos políticos, essa cambada de gatunos, que andam todos ao mesmo, e só querem é tacho. Gostaram deste momento "fogareiro bigodudo"? Eu gostei, foi libertador. A questão que se impõe é, e preparem-se para este momento profundo e sério (aproveitem que nesta xafarica isto tem mais ou menos a mesma periodicidade do cometa Halley) é: somos nós o espelho dos nossos políticos, ou vice-versa? Quem apareceu primeiro? Quem é o ovo, e quem é a galinha? Eu diria que pelo QI demonstrado pelo nosso governo, e pela maneira como andamos a ser comidos... Tenho-me sentido bastante escalfada.
Divagações à parte, há desenrascanços que valem a pena, e esta receita que aqui vos trago nasceu da necessidade de encher uma marmita de forma engenhosa. E da minha mania de não deitar nada fora, porque sou uma fona. E não é que correu bem? Ele há coisas... E faz-se assim:
Não quero com isto desculpabilizar os chulos dos políticos, essa cambada de gatunos, que andam todos ao mesmo, e só querem é tacho. Gostaram deste momento "fogareiro bigodudo"? Eu gostei, foi libertador. A questão que se impõe é, e preparem-se para este momento profundo e sério (aproveitem que nesta xafarica isto tem mais ou menos a mesma periodicidade do cometa Halley) é: somos nós o espelho dos nossos políticos, ou vice-versa? Quem apareceu primeiro? Quem é o ovo, e quem é a galinha? Eu diria que pelo QI demonstrado pelo nosso governo, e pela maneira como andamos a ser comidos... Tenho-me sentido bastante escalfada.
Divagações à parte, há desenrascanços que valem a pena, e esta receita que aqui vos trago nasceu da necessidade de encher uma marmita de forma engenhosa. E da minha mania de não deitar nada fora, porque sou uma fona. E não é que correu bem? Ele há coisas... E faz-se assim:
Arroz do Desenrasca
Tempo de preparação: Tipo Lusco-fusco
Despensa:
200 g de arroz branco cozido
Azeite
2 alhos picadinhos
1 colher de sopa de salsa picada
2 linguiças cortadas aos pedacinhos pequenos
1 caneca de ervilhas cozidas
Pimenta preta moída q.b.
A parte divertida:
Leva uma frigideira anti aderente ao lume com um fio de azeite o alho e a salsa. Quando começar a crepitar, junta a linguiça, e salteia rapidamente, 3-4 minutos. De seguida junta as ervilhas, envolve e salteia mais 4 minutos.
Agora junta o arroz, e envolve bem, tempera com uma pitada de pimenta (em princípio não é preciso sal, mas prova e confirma). Salteia mais uns 2-3 minutos, enfeita com uma folhinha de salsa, et voilá!
Post scriptum: Isto é um óptimo acompanhamento para um sem número de coisas. Mas sabem o que é que eu gosto mesmo? De pôr duas belas conchas deste arroz num prato, e botar-lhe um ovo escalfado por cima, e vai de pimenta preta para cima. Fregueses, até se apagam! Não no sentido de falecer. No sentido de "Ui, ui, que coisa boa! Ervilha, tou-te grata para a vida!" Só para que não haja dúvidas.
Mas até as sobras dão uma bela refeição.
ResponderEliminarBjs, Susana
Palavras sábias, freguesa! Bom fim de semana!
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