Aviso à navegação: esta receita faz parte do especial "Como alimentar 45 pessoas sem me entupir de ansiolíticos", a.k.a. aniversário de Ervilha Maria. De facto, tudo foi confeccionado para alimentar esta multidão, mas as receitas (com excepção das sobremesas) estão quantificadas para os 4 do costume: Ervilha Maria, Zé do Polvo, Maria Achocolatada e Bróculo Júnior. No final da epopeia, farei um resumo da matéria dada, e falaremos das quantidades usadas para os magníficos 45. Boa viagem!
Faz hoje 10 anos que Ervilha
Maria e Zé do Polvo se uniram pelos laços do matrimónio, sendo certo que se não
na forma, no conteúdo o mesmo há muito estava consumado. Maria Achocolatada ficará
conhecida para a posteridade como a menina das alianças mais veloz da história
da humanidade. Assim que viu o pai, junto à mesa do conservador (pretenso altar
deste casal ateu) correu qual Usain Bolt de vestido de tule e só parou no colo
do noivo. Bróculo Júnior passou quase todo o tempo a dormir, mas durante meses
largos pós matrimónio, sempre que via uma noiva dizia que era a mãe. Várias são as recordações
incontornáveis:
- A madrinha de Ervilha Maria
tropeça à entrada do local, e a irmã de Zé do Polvo, Maria Molhanga, numa
tentativa falhada de lhe aparar a queda, acerta-lhe uma joelhada monumental no
olho. Épico!
- Ervilha Maria é acometida de
um violento ataque de tosse no momento de assinar os autos, Zé do Polvo a
pensar que a noiva se finaria antes de dizer o sim ou estaria a preparar uma
manobra de diversão para se pôr na alheta. Tonto!
- Ervilha Maria após apurada
pesquisa, escolhe o bolo mais lindo do mundo, coberto de canudos de chocolate
branco, ao invés do inefável massapão (que por norma acaba abandonado no prato),
e no momento do corte do dito ouve uma qualquer tia (com a qual tinha travado
conhecimento nesse mesmíssimo dia) a dizer “ Ai ca bolo tã feio!” Priceless!
- O sogro desta que vos fala,
Xico Percebo, reuniu o seu extinto agrupamento de baile e cantou, entre outros
êxitos, a “Ternura dos 40”. Felizmente, não foi augúrio de Carrilhices futuras,
e a mão do Zé do Polvo nunca se levantou para Ervilha Maria. Ufa!
O resto foi xop-xop, champagne,
bailarico, família feliz, amigos ébrios, gargalhadas, muitos beijos, e tudo o
que se queria para aquele dia. Passados 10 anos, Ervilha Maria continua a
sentir borboletas na barriga quando olha para Zé do Polvo, e é gloriosamente
correspondida. E isso é tudo.
Portanto, para hoje temos uma
bela receita d’ O meu paté de atum. O que é que isto tem a ver com o acima descrito?
Nada. Mas 10 anos são 10 anos, porra! Cá vai a receita:
O
Meu paté de Atum
Tempo de preparação: Tipo lusco-fusco
Despensa:
Para o paté:
1 lata de atum em azeite
1 ovo cozido
2 colheres de sopa de pickles
picados
3 colheres de sopa de maionese
(caseira, de preferência)
Sal e pimenta q.b.
½ colher de chá de mostarda
Para besuntar no paté:
1 cenoura em palitos
1 pepino (sem o centro de
sementes) em palitos
100 g de tomates cherry
partidos ao meio, salpicados com uma pitada de sal
Gressinos
A parte divertida:
Escorre bem o atum, e coloca
numa taça. Junta o ovo cozido, e esmigalha-o com um garfo. Mistura rapidamente,
e junta os restantes ingredientes. Passa com a varinha mágica, mas não muito.
Deve ficar com alguma consistência, que Cerelac é para os bebés. Prova, e
corrige os temperos se necessário. Serve com a cenoura, o pepino, os tomates e
os gressinos. Et voilá!
Post Scriptum: Ervilhe Marie é desavergonhada e pedinchona. O que se há-de fazer? E como hoje é dia de festa para a menina mai' linda e para o seu mais que tudo, pedia um presente singelo e condizente com a austeridade: publicidade! Pode ser? Pretty please with sugar on top? Partilhem a página de facebook no vosso mural, sugiram aos amigos, tornem-se seguidores do blog. A gerência agradece!
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