Ervilha
Maria gosta de futebol, aprecia sobremaneira um bom jogo, vibra com a Seleção…
Não tanto como com o seu Sporting, verdade seja dita. É que o clube é como os amigos,
e a seleção é como a família… Não se escolhe. Dito isto, no dia 12, tiro de
partida da Copa, Ervilhe encontrava-se particularmente sob o signo do esférico. Foi
quando Bróculo Júnior lhe pediu para jogar uma partida de futebol de praia…
Inicia-se
o derby: Zé do Polvo e Maria Achocolatada VS Ervilha Maria e Bróculo Júnior.
Nós inaugurámos o marcador, mas rapidamente os adversários empataram. O jogo
estava rasgadinho e os nossos rivais passam para a frente com um tento de Maria
Achocolatada. Mas não deitámos a toalha ao chão, e fizemos a igualdade.
Galvanizado pela reviravolta, Bróculo Júnior volta a marcar: 3-2 para nós!
Entusiasmada pelo resultado, e incentivada pelo meu mai’ novo, decidi tentar marcar em função de cobrança de canto por parte de Bróculo Júnior. A bola vem
direito a mim, eu preparo-me para a enviar para o fundo das redes (quer dizer,
não havia redes, estamos na praia, havia 2 bocados de cana a delimitar a baliza, mas
vocês perceberam a ideia) e chuto… na canela de Maria Achocolatada, e o meu
dedo mindinho do pé direito faz uma rotação de 180º.
Resultado:
3-2 para nós, e ainda uma fractura na primeira falange do dedo mindinho do pé
direito! Com a agravante de cada vez que um profissional de saúde me
questionava sobre a causa de ter o dedo da cor de mirtilo, a minha resposta "a
jogar à bola na praia, com os meus filhos" provocar aquele riso de comiseração, tipo quando o António José seguro diz que vai ser primeiro-ministro… Quinze dias a 3 semanas de
imobilização, de maneiras que estou afastada do Mundial. E nas notícias? Disto
ninguém fala! O que é que o joelho do Cristiano Ronaldo tem a mais que dedo mindinho do pé direito de Ervilhe Marie, hein?
Felizmente,
esta lesão afastou-me dos relvados, mas não dos tachos. Esta quiche pode marcar
golos na vossa mesa. Peço desculpa, mas faço reação aos analgésicos,
provocam-me trocadilhos estúpidos. Quanto à quiche, é simples e bem saborosa, e
sobrando é uma óptima amiga das marmitas. E faz-se assim:
Queres Quiche Vegetariana? A
Alicia Keys
Tempo
de Preparação: Comme si, comme ça
Despensa:
Azeite
2 alhos ralados
1 folha de louro verde
1 molho de brócolos em floretes,
que é como quem diz em raminhos
300 g de cogumelos Paris,
pequenos, cortados ao meio
Sal e pimenta preta moída q.b
3 ovos grandes
20 cl de natas magras
1 base de massa quebrada
Sementes de sésamo
A parte divertida:
Leva um tacho de água ao lume,
e quando estiver a ferver coloca os brócolos, tempera com sal, e deixa 5
minutos. Escorre e reserva.
Leva uma frigideira ao lume com
um fio de azeite, e quando estiver quente junta os alhos e o louro. Frita
durante 1 minuto, e junta os cogumelos. Tempera com sal e pimenta, e salteia
durante 5 minutos. Junta os brócolos e salteia mais 3 minutos.
Liga o forno a 200 º. Bate os
ovos com as natas, tempera com sal e pimenta (sem abusos que os vegetais já
estão temperados). Desenrola a massa na tarteira, e pica o fundo com um garfo.
Rejeita a folha de louro (já fez o trabalho dela) e cobre o fundo da tarte com
os vegetais. Rega com a mistura do ovo, e salpica com as sementes de sésamo.
Leva ao forno durante 20
minutos, com um tabuleiro por cima. Depois retira o tabuleiro, deixa cozinhar
mais 10 minutos, et voilá!
Post
Scriptum: Sim,
é provavelmente o título de receita mais estúpido da história da Humanidade (e o título do post, não lhe fica muito atrás). Sim,
estou sob o efeito de analgésicos que me toldam o bom senso (o pouco que tenho...). Dêem-me um
desconto, fregueses!
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