À mesa de almoço de domingo:
Ervilha Maria: Vou fazer um bolo hoje à tarde. Querem de quê?
Maria Achocolatada: Chocolate, mãe. O que é que havia de ser?
Ervilha Maria: Sempre chocolate, sempre chocolate...
Maria Achocolatada: Ó mãe, e então?
Zé do Polvo: A mim chocolate, também não me parece mal...
Ervilha Maria: Tu também, saíste-me cá um vendido!
Bróculo Júnior: Ainda bem que eu não gosto de bolos...
Maria Achocolatada: Tu não bates bem! Eu ajudo-te, mãe.
Ervilha Maria faz o bolo com a ajuda de Maria Achocolatada, e assim que Ervilha coloca o bolo no forno diz a serigaita pequena:
Maria Achocolatada: Mãe, já posso lamber a taça, e a colher, e o rapa e...
Ervilha Maria: Ó filha, tanto chocolate faz-te mal!
Maria Achocolatada: Mas é tão bom lamber a massa do bolo, mãe. Porque é que achas que eu te ajudo a fazer os bolos? Deves pensar que é porque gosto de cozinhar...
Ora toma. E embrulha. E não digas que vais daqui. Devias pensar que a miúda com 13 anos não tinha nada mais interessante para fazer do que bater bolos com a mãe. Deves, deves... É claro, que eu fiz beicinho. É claro que ela me encheu a cara de beijinhos, quando percebeu o meu desalento. E de massa de chocolate, que por esta altura já estava disseminada por toda ela. E a seguir foi para o quarto. Ouvir One Direction, sacar fotos da net dos One Direction, rodeada pelos 3478 posters dos ditos cujos com que calafetou o quarto. Tão adolescente, coitadinha. Mas muito mais doce que o chocolate.
E a história do bolo está contada por hoje. Chocolate e nozes é aquela combinação à laia de match made in heaven, de maneiras que a conversa já vai longa, e vamos mas é ao que interessa. E faz-se assim:
Com este Bolo de Chocolate e Noz, nunca ficaremos Sós
Tempo de Preparação: Comme si, comme ça
Despensa:
170 g de margarina amolecida
140 g de açúcar branco
3 ovos
140 g de farinha com fermento
1 colher de chá de fermento
4 colheres de sopa de chocolate em pó
80 g de nozes picadas
Margarina líquida e farinha para untar a forma
A parte divertida:
Liga o forno a 180º. Unta uma forma redonda com a margarina líquida, e polvilha com farinha.
Hora de trabalho... para a batedeira. Bate o açúcar com a margarina, até estar homogéneo. Junta os ovos, batendo um de cada vez, até teres um creme fofo. Peneira farinha e o cacau para dentro da taça, o miolo de noz (guarda um punhadinho para pôr por cima a decorar) e toca a bater outra vez até estar tudo bem envolvido.
Deita a massa na forma, alisa, e polvilha com as nozes que guardaste, se não as tiveres comido entretanto... Acontece nas melhores famílias. Leva o bolo ao forno durante 25 minutos. No fim do tempo (pica com um palito para confirmar que está cozido), retira o bolo do forno, desenforma, et voilá!
Post scriptum: É um bolo que nasceu para alegrar um lanche. Também, mas não só. É óptimo para a marmita, porque se aguenta com a graça da juventude, mesmo quando está a envelhecer na boleira. Durante 5, 6 dias, vai fazer-vos feliz como no primeiro encontro. Depois disso não sei, pois nunca sobreviveu para contar.
Que história engraçada, gostei.
ResponderEliminarBjs
E não é ficção. Verdade, verdadinha! Obrigada, freguesa!
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