sábado, 14 de junho de 2014

À fatia, quem é que se avia?




Ervilha Maria gosta de futebol, aprecia sobremaneira um bom jogo, vibra com a Seleção… Não tanto como com o seu Sporting, verdade seja dita. É que o clube é como os amigos, e a seleção é como a família… Não se escolhe. Dito isto, no dia 12, tiro de partida da Copa, Ervilhe encontrava-se particularmente sob o signo do esférico. Foi quando Bróculo Júnior lhe pediu para jogar uma partida de futebol de praia…

Inicia-se o derby: Zé do Polvo e Maria Achocolatada VS Ervilha Maria e Bróculo Júnior. Nós inaugurámos o marcador, mas rapidamente os adversários empataram. O jogo estava rasgadinho e os nossos rivais passam para a frente com um tento de Maria Achocolatada. Mas não deitámos a toalha ao chão, e fizemos a igualdade. Galvanizado pela reviravolta, Bróculo Júnior volta a marcar: 3-2 para nós! Entusiasmada pelo resultado, e incentivada pelo meu mai’ novo, decidi tentar marcar em função de cobrança de canto por parte de Bróculo Júnior. A bola vem direito a mim, eu preparo-me para a enviar para o fundo das redes (quer dizer, não havia redes, estamos na praia, havia 2 bocados de cana a delimitar a baliza, mas vocês perceberam a ideia) e chuto… na canela de Maria Achocolatada, e o meu dedo mindinho do pé direito faz uma rotação de 180º.

Resultado: 3-2 para nós, e ainda uma fractura na primeira falange do dedo mindinho do pé direito! Com a agravante de cada vez que um profissional de saúde me questionava sobre a causa de ter o dedo da cor de mirtilo, a minha resposta "a jogar à bola na praia, com os meus filhos" provocar aquele riso de comiseração, tipo quando o António José seguro diz que vai ser primeiro-ministro… Quinze dias a 3 semanas de imobilização, de maneiras que estou afastada do Mundial. E nas notícias? Disto ninguém fala! O que é que o joelho do Cristiano Ronaldo tem a mais que dedo mindinho do pé direito de Ervilhe Marie, hein?

Felizmente, esta lesão afastou-me dos relvados, mas não dos tachos. Esta quiche pode marcar golos na vossa mesa. Peço desculpa, mas faço reação aos analgésicos, provocam-me trocadilhos estúpidos. Quanto à quiche, é simples e bem saborosa, e sobrando é uma óptima amiga das marmitas. E faz-se assim:

Queres Quiche Vegetariana? A Alicia Keys

Tempo de Preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

Azeite
2 alhos ralados
1 folha de louro verde
1 molho de brócolos em floretes, que é como quem diz em raminhos
300 g de cogumelos Paris, pequenos, cortados ao meio
Sal e pimenta preta moída q.b
3 ovos grandes
20 cl de natas magras
1 base de massa quebrada
Sementes de sésamo

A parte divertida:

Leva um tacho de água ao lume, e quando estiver a ferver coloca os brócolos, tempera com sal, e deixa 5 minutos. Escorre e reserva.

Leva uma frigideira ao lume com um fio de azeite, e quando estiver quente junta os alhos e o louro. Frita durante 1 minuto, e junta os cogumelos. Tempera com sal e pimenta, e salteia durante 5 minutos. Junta os brócolos e salteia mais 3 minutos.

Liga o forno a 200 º. Bate os ovos com as natas, tempera com sal e pimenta (sem abusos que os vegetais já estão temperados). Desenrola a massa na tarteira, e pica o fundo com um garfo. Rejeita a folha de louro (já fez o trabalho dela) e cobre o fundo da tarte com os vegetais. Rega com a mistura do ovo, e salpica com as sementes de sésamo.

Leva ao forno durante 20 minutos, com um tabuleiro por cima. Depois retira o tabuleiro, deixa cozinhar mais 10 minutos, et voilá!


Post Scriptum: Sim, é provavelmente o título de receita mais estúpido da história da Humanidade (e o título do post, não lhe fica muito atrás). Sim, estou sob o efeito de analgésicos que me toldam o bom senso (o pouco que tenho...). Dêem-me um desconto, fregueses!



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