sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ervilha Maria pelo Mundo: Budapeste, Episódio III



Eu sou de letras, pelo que suponho que pode ser problema meu, mas irritam-me pessoas que têm de transformar tudo em números, quantificar tudo na vida... No avião ouvi um residente dizer "Budapeste? Dois, três dias e conheces aquilo de trás para a frente." Ok, ele tinha um bigode à Chalana, mas já ouvi este tipo de afirmações a pessoas que não padeciam de pilosidades faciais ridículas.

Lisboa é a minha cidade desde o berço (agora não de residência, mas alfacinha uma vez alfacinha para sempre), e eu continuo a "conhecer" a cidade em cada visita. É claro que podemos visitar uma cidade de checklist em punho, batemos os must see's do Lonely Planet tipo gincana, ao fim de x dias temos a lista cheia de certos, et voilá! A minha pergunta é: largar bandeirinhas nos monumentos mais famosos faz de ti "um conhecedor da cidade"? 

Pois eu estive cinco dias em Budapeste, conheci muita coisa, mas certamente muito ficou por conhecer. Vou ter de lá voltar, não é (wishlist...)? Aqui vai um resumo fotográfico da matéria dada para vocês. E foi assim:



Acho que só se conhece um povo depois de conhecer as suas tragédias. O Museu "Casa do Terror" é uma visita pormenorizada e dolorosa à ocupação nazi e soviética da Hungria. Saí de lá em lágrimas, mas é imperdível (ver aqui).


O Danúbio de manhã, o Danúbio à tarde, o Danúbio à noite... O Danúbio é lindo.


Um palacete em cada esquina, cada um mais bonito que outro, em particular na Avenida Andrassy. É percorrê-la, embasbacar, e ir buscar o queixo ao chão a cada 100 metros. Oh, happy days!


Momento de felicidade plena: Em passeio pela magnífica Ilha Margarita, plantada no meio do magnânimo Danúbio, reparei num número considerável de pessoas sentadas à volta duma fonte e resolvi fazer o mesmo. E eis que alguns minutos depois, umas colunas começaram a derramar as "Quatro Estações de Vivaldi", e os jactos de água a acompanhar com uma coreografia certeira. Inesquecível... 


Fait divers: Budapeste tem o McDonald's mais fancy do mundo.


Na cidade das 1001 esplanadas, esta praça é provavelmente uma das mais bonitas. Ah, aquele ali é o Liszt, esse ganda maluco!


Este é o melhor restaurante da Hungria, e tem como Chefe Executivo o tuga Miguel Rocha Vieira, jurado do Masterchef Portugal (de que falei aqui). De fora é bonito... Sim, às vezes sou uma pelintra parola.




O Szimpla Kert é o ruin pub (bares que ocupam edifícios em ruínas) mais antigo de Budapeste. Mais coisas que vos posso contar: é o bar mais incrível de sempre. Só isso.


Só mais um pouco de Danúbio para terminar. E aquele edifício do lado esquerdo é o Parlamento Húngaro e é épico, no mínimo. 

E foi muito isto. E foi muito bom. E vão lá que não se arrependem. E fiquem com esta última fotografia tola. Porquê? É uma leguminosa que vos fala, de que é que estavam à espera?

Post Scriptum: Este é o penúltimo episódio da novela "Ervilha Maria pelo Mundo: Budapeste". Vamos encerrar com chave de ouro, espero, com a recriação de um dos pratos degustados por terras magiares, de que vos falei aqui. Aceitam-se apostas!


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