terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um presente para vocês: Salmão que não é um bocejo!


O meu excelso marido Zé do Polvo recebeu este heterónimo, porque é amigo da faina. Já para não falar da ideia absolutamente peregrina de colocar um aquário na sala...com um polvo. Sim, leram bem! E sim, este assomo de genialidade foi causado por uma reportagem de um polvo que tinha aprendido a tirar caricas a cervejas. Embora, ele me tente convencer do contrário. E sim, o projecto foi vetado pela presidenta da república cá de casa.

Zé do Polvo faz caça submarina, apanha marisco, enche-me o frigorífico com minhocas NOJENTAS (acreditem que merece inteiramente o caps lock) para pescar à cana: é um autêntico homem do mar (apenas nas horas livres para seu desgosto, pois tenho tenho para mim que ele é mais feliz entre marés e correntes, do que entre decretos e  artigos. C'est la vie!).

É certo que isto de ter um Neptuno em casa traz-me algumas palpitações, porque há mar e mar, há ir e voltar. No entanto, é facto que senhor Zé do Polvo enche a nossa mesa do melhor que o mar tem para dar, sempre que pode e o mar deixa. 

Estão vocês agora a olhar para a foto e a dizer: "Então mas o gajo apanha salmão? Andas bem enganada, ó Ervilha! Cá para mim pesca na lota do Belmiro de Azevedo! Tu põe-te a pau, mulher!" Ó gente descrente no amor e fidelidade, não é nada disso. Mulher sensível que sou, só adquiro peixe ou marisco que senhor meu esposo não possa trazer para o lar, não vá ele sentir-se ferido no seu orgulho pescador. Ou isso,ou estou tão mal/bem habituada que o que não é apanhado por ele me sabe a contrafacção. Daí, adquirir salmão com alguma frequência, e tentar ir para além do entediante salmão grelhado.

Gosto muito destes "presentes", os senhores espectadores cá de casa também, e demora menos tempo que um intervalo da SIC. Sim, eu sei que isso não é propriamente um desafio. No outro dia, no intervalo de um CSI Miami (Horatio Caine, melhor canastrão de sempre, uma vénia), reli os Lusíadas e passei a casa toda a pano. Bem, mas vamos ao receituário:

"Presentes" de salmão

Tempo de preparação: Tipo lusco-fusco

Despensa:

4 postas de salmão
Sal e pimenta q.b.
75 g de margarina
1 limão
Salsa picada
1 colher de chá de orégãos
2 alhos ralados
1 malagueta ( à vontade do freguês)

A parte divertida:

Tempera as postas com sal e sumo de ½ limão.

Num púcaro, coloca os restantes ingredientes e leva ao lume até a manteiga estar completamente derretida (só uma pitadinha de sal, que as postas já foram temperadas).

Faz quatro quadrados de alumínios, suficientemente grandes para embrulhar as postas. Põe cada posta no centro de cada quadrado, distribui o molho pelas quatro postas e fecha bem os “presentes” de salmão, sem deixar fugas.

Leva 15 minutos ao forno a 200º. Et voilá!


Post scriptum: Este post era para ter sido publicado  ontem, mas como Ervilha Maria no domingo à noite achou que era boa ideia ver o tal filme do Scorsese às três da manhã, quando tinha de se levantar às sete da alvorada... Ontem ao final do dia, a minha eloquência estava ao nível do subsolo, não conseguia construir uma frase com sujeito e predicado, quanto mais complemento directo. Olha, tipo JJ, mas sem as madeixas. Para compensar, logo há mais! 


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