sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Como alimentar 45 pessoas sem me entupir de ansiolíticos, parte VII



Aviso à navegação: esta receita faz parte do especial "Como alimentar 45 pessoas sem me entupir de ansiolíticos", a.k.a. aniversário de Ervilha Maria. De facto, tudo foi confeccionado para alimentar esta multidão, mas as receitas (com excepção das sobremesas) estão quantificadas para os 4 do costume: Ervilha Maria, Zé do Polvo, Maria Achocolatada e Bróculo Júnior. No final da epopeia, farei um resumo da matéria dada, e falaremos das quantidades usadas para os magníficos 45. Boa viagem!


Ervilha Maria adora cozinhar para a criançada. Adora ver aqueles sorrisos naquelas carinhas larocas. Não estou a falar exclusivamente dos meus piquenos: os piquenos dos amigos, da família. E até à data tenho 100% de eficácia. Não é mito urbano, os cachopos estão mais abertos a novas experiências culinárias fora do seu aconchego. 

Feliz ou infelizmente os meus descendentes não se incluem neste cliché. Maria Achocolatada é esquisitinha dentro e fora de portas, mas como princesa que é, faz de tudo para não ferir as susceptibilidades do cozinheiro: entra em modo pinguim do Madagáscar "a sorrir e a acenar", e tem um MBA em "como ocultar alimentos debaixo de folhas de alface". Já Bróculo Júnior é uma debulhadora culinária onde quer que esteja, excepção feita a doces. Por sua vez, excepção feita a bolas de berlim, cornettos de chocolate e gelado de stracciatella. Querem vê-lo feliz? Bingo! Um prato de brócolos.

Massa bolonhesa é um trunfo que mantenho guardado, que uso com frequência, e agrada a gregos e troianos, que é como quem diz a petizes e crescidos. E esta leva cenoura, o que faz os adultos ficarem de bem com a consciência, e sem dar por ela os miúdos comem legumes com a satisfação de quem está a comer naquela cadeia de fast food, cujo nome não vou pronunciar. Aquela com o logótipo do palhaço com ar de psicopata de filme de terror de série Z. Bem, vamos ao receituário:

Fusilli à bolonhesa

Tempo de preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

250 g de fusilli 
1 alho 
Sal
Azeite
400 g carne picada (metade vaca e metade porco)
Sal e pimenta preta moída q.b.
1/2 colher de chá de alho em pó
1 colher de chá de oregãos
2 cenouras raladas fininhas
1/2 receita de molho de tomate (receita aqui)
Parmesão para ralar

A parte divertida:

Prepara o molho de tomate conforme a receita (http://ervilhemarie.blogspot.pt/2013/10/simples-barato-e-da-conforto-e-nao-foi.html). Sugiro que congeles o resto, for a rainy day.

Coze o fusilli em água a ferver com um alho, sal e um fio de azeite, até ficar al dente (conforme instruções da embalagem).

Cobre o fundo de um tacho com um fio de azeite. Leva ao lume a aquecer, e junta a carne picada. Tempera com o sal e a pimenta (sem abusos que o molho já tem sal), o alho em pó e os oregãos. Vai mexendo de forma a salteá-la toda por igual, o que deve demorar uns 10 minutos em lume médio.

Junta as cenouras raladas, e mistura bem. Junta o molho de tomate, e mexe novamente. Leva a lume brando  durante 20 minutos, prova e corrige os temperos. Serve a bolonhesa em cima da massa, rala parmesão por cima, et voilá!

Post scriptum: Não dá vontade de mergulhar de cabeça aqui embaixo? Dar umas braçadas? Fazer uma apneiazita? Se calhar sou só eu...  Adiante. Esta bolonhesa é do mais versátil que há, de maneiras que se sobrar: empadão, cannelonnis, pizza, empadão, todo um mundo de maravilhas à distância de um tupperware. Pode não soar muito glamouroso, mas é de eficácia garantida.







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