Aviso à navegação: esta receita faz parte do especial "Como alimentar 45 pessoas sem me entupir de ansiolíticos", a.k.a. aniversário de Ervilha Maria. De facto, tudo foi confeccionado para alimentar esta multidão, mas as receitas (com excepção das sobremesas) estão quantificadas para os 4 do costume: Ervilha Maria, Zé do Polvo, Maria Achocolatada e Bróculo Júnior. No final da epopeia, farei um resumo da matéria dada, e falaremos das quantidades usadas para os magníficos 45. Boa viagem!
Eis que chegamos ao fim desta epopeia, e conforme combinado junte as doses que utilizei para alimentar o pelotão de convivas. A saber:
- O Meu paté de atum: o dobro da receita apresentada (ver aqui)
- Ervilhas com ovos escalfados My way: quatro vezes a receita apresentada (ver aqui)
- Pitéu de salsicha: o dobro da receita apresentada (ver aqui)
- Cogumelos à Ervilha Pata: o dobro da receita apresentada (ver aqui)
- Fusilli à bolonhesa: cinco vezes a receita apresentada (ver aqui)
- Feijoada hipster: quatro vezes a receita apresentada (ver aqui)
E ainda um tacho de arroz branco, simples e saboroso, para dar apoio à feijoada e às ervilhas. Adicionalmente, na categoria dos acepipes, e é impossível que seja de outra forma à la maison de Ervilha Maria:
- comprei quatro queijos de diferentes texturas e sabores, cortei-os em pedaços e distribui numa tábua
- duas tigelas de azeitonas das boas, umas verdes e outras pretas, temperadas à alentejana, cheias de oregãos e alho, como se quer
- bom pão saloio e um cesto de tostas normais e integrais
E pronto. Foi um regabofe de primeira, não faltou nada, e o que sobrou deu para me encher o frigorífico de caixinhas (oh, happy days!) que se finaram ao fim de quatro dias. A vantagem, aliás uma das vantagens, de confeccionar pratos diferentes, é ter sobras diferentes. Assim, podemos saltitar de tupperware em tupperware, em vez de andar a gramar com o mesmo prato por mais cinco dias (por bom que seja, no variar é que está o ganho. Na comida, Zé do Polvo, na comida. Não te apoquentes, amor!). Podemos usufruir de uma espécie de bufete que faz o ambiente de festa perdurar por mais uns dias, em que o microondas será o nosso melhor amigo. E festeira, se é que ainda não tinham percebido, é o nome do meio de Ervilhe Marie.
Para terminar, fica aqui a receita do bolo de Parabéns desta piquena que vos fala, mais uma vez gentilmente cedido pelas carinhosas mãos de Sô Dona Mousse, minha dilecta sogra. Sobrou... o prato. E está tudo dito! Eis a prescrição:
Delícia de chocolate em camadas
Tempo de preparação: Isto é coisa para demorar
Despensa:
Massa:
12 claras
480 g de açúcar
240 g de farinha
5 colheres de sopa de cacau
margarina q.b.
Creme:
300 de chocolate em tablete
5 colheres de sopa de leite condensado
5 colheres de sopa de leite
Granulado de chocolate para decorar
A parte divertida:
Unta três formas redondas de tarde com margarina, forra com papel vegetal e agora unta o papel. Liga o forno a 180º. Bate as claras em castelo, junta o açúcar e continua a bater até ficar "hirto e firme". Mistura a farinha com o cacau, e depois junta às claras, e envolve bem até ficar homogéneo. Divide o creme pelas três formas, alisa os topos e leva ao forno a cozer durante 35 minutos. Deixa arrefecer.
Agora prepara o "banho" de chocolate: parte a tablete aos bocados e derrete-o em banho-maria com o leite condensado e o leite, mexendo sempre.
Agora vamos montar o triplex: primeiro bolo, 1/3 do banho de chocolate, alisa, segundo bolo, 1/3 do banho de chocolate, alisa, terceiro bolo, o resto do banho de chocolate, alisa. Decora com o granulado, et voilá!
Post scriptum: "Então e orçamento para isto tudo, Ervilha?" perguntam vocês a achar que descobri a lagoa onde a liquidez do BPP e do BPN foi desaguar. É certo que é impossível fazer isto sem gastar uns cobres, mas se verificarem bem todos os ingredientes, inclusivamente as proteínas usadas, são económicas. Apenas o camarão é um pouco mais caro, mas dá para equilibrar tendo em conta as carnes baratas utilizadas. A mensagem é: com planeamento, contas de lápis atrás de orelha, e muita vontade, não há regabofe impossível. E tenho dito!
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